
O presidente do SC Beira-Mar remete-se, por agora, ao silêncio quando confrontado com alegadas dificuldades em ‘passar à prática’ o acordo aprovado em Assembleia Geral com o “parceiro investidor” Breno Dias Silva para a criação de uma sociedade desportiva destinada a gerir o futebol sénior.
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“Para salvaguardar a posição do clube neste assunto, não irei prestar declarações nesta fase, reservando-as para o momento oportuno”, limitou-se a referir, esta manhã, Nuno Quintaneiro.
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Semana a terminar era para tratar de formalidades
O líder da direção do SC Beira-Mar contava no decorrer desta semana que agora está a terminar fechar várias formalidades, que estavam a ser tratadas no âmbito da criação da sociedade desportiva, o que pressupõe uma série de exigências a cumprir pelo “parceiro investidor” brasileiro, que já encaminhou para o clube durante a época finda cerca de 200 mil euros para despesas correntes do futebol, contas a acertar no âmbito do projeto de investimento.
Estava previsto que Breno Silva, nesta fase inicial, apresentasse como sócia maioritária da sociedade a criar com o Beira-Mar uma sociedade unipessoal apenas em seu nome, apesar de ter avançado anteriormente com uma série de parceiros que estariam envolvidos no projeto.
Empresas e participações societárias do universo Breno Silva & Simão Calado
Breno Silva anunciou que tinha como “sócio” na região Simão Calado, um empresário de Vagos, com quem tem partilhado a promoção de oportunidades para investidores brasileiros.
O “parceiro investidor” do projeto da sociedade desportiva projetada pelo Beira-Mar é sócio minoritário da Cordilheiremflor, sociedade gestora de participações sociais (SGPS) criada com 60 mil euros de capital social. Breno Silva tem aqui uma quota de 20 mil euros. A gerência é de Simão Calado. A empresa tem como sócio principal a Quimera Moderada SGPS (40 mil euros).
A Quimera Moderada SGPS, com capital social de 5.000 euros, é detida a meias pelos sócios gerentes Simão Calado e André Barbieri, um brasileiro com carreira na banca no seu país, atualmente residente em Portugal, que Breno Silva já apontou também como parceiro no projeto do Beira-Mar.
A Quimera Moderada tornou-se uma das sócias minoritárias da sociedade Cantaloup Lda. (comércio de produtos de alimentação, restauração, entre outras atividades) que teve uma alteração acionista recente com a entrada para sócia maioritária a brasileira SDB Comércio de Produtos Alimentícios LTDA. Pablo Klein, ligado à Primefy, empresa tecnológica brasileira que patrocinou o Beira-Mar na época passada, também figura entre os sócios minoritários.
Mais robusta é a participação da Cordilheiremflor SGPS na Décima Recatada, outra SGPS, com um capital social de 750.000 euros, assumindo a quota maioritária, de 656 mil euros, tendo como segundo sócio Pablo Klein (93.750 euros). Simão Calado é o gerente desta empresa.
A Cordilheiremflor SGPS participa igualmente na Flavour Rain SGPS onde reparte a participação societária de 25 mil euros cada quota com a Innoleaps Services Nederland B.V (Países Baixos).
A gerência é de Simão Caldado e Wilson Rainho. Este último, brasileiro, está ligado à Startupbootcamp, uma ‘aceleradora’ internacional de empresas da área tecnológica que recentemente promoveu na Universidade de Aveiro o seu primeiro evento em Portugal, o ‘Future XPO Portugal’ (marcado pelo lançamento de um fundo que se propõe investir 21 milhões em 30 start-up’s), que teve como promotor local Simão Calado.
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Compromissos financeiros do investidor (10 milhões de euros)
- Liquidação ao clube do montante do seu passivo, até ao limite de 1,5 milhões de euros (entrega de 500.000 euros na criação da sociedade, 1 milhão de euros em plano a estabelecer que não poderá exceder 10 anos, em prestações anuais de 100 mil euros);
- Investimentos destinados à promoção da equipa principal de futebol a escalões superiores nos primeiros 5 anos, que não poderão ser inferiores, nesse período, a 5 milhões de euros;
- Investimentos destinados à construção das infraestruturas essenciais para o desenvolvimento desportivo do projeto do clube e da sociedade (Centro de Alto-Rendimento) que não podem ser inferiores a 3,5 milhões de euros.
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