Por Aradas, pelas pessoas com decência e responsabilidade

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Junta de Freguesia de Aradas, Aveiro.
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Apresentar, apreciar e votar um orçamento que não existe, pois o Executivo governa por duodécimos, denota um desnorte, um descontrolo emocional e político e uma incapacidade de gestão inqualificável.

Por Anabela Almeida Saraiva *

CUMPRIR O REGIMENTO – A realçar, o mau serviço prestado pelo Sr. Presidente da Assembleia quando inibiu o direito de resposta à Bancada da oposição tendo provocado uma interrupção na ordem de trabalhos. O não cumprimento com os deveres de isenção do cargo e a permissão constante, a interferência e influência da Presidente do Executivo relegando para segundo plano o cargo mais importante do órgão é a prova cabal de que o Regimento está muito longe de ser cumprido.

DAR-SE AO RESPEITO – Na política tal como na vida, não se devem misturar assuntos de índole pessoal com os de índole política, a saúde de cada um e de todos é sagrada, quem o evoca em Assembleia denota um total desrespeito por si próprio e por todos aqueles que sofrem. Não é digno, não é leal, não é aceitável, é de uma chantagem atroz e inqualificável. Ninguém deseja a morte de ninguém, haja decoro.

DESORIENTAÇÃO EGOCÊNTRICA – O descontrolo emocional e a desorientação atingem o auge quando ameaça todos os Aradenses de que não cortará ervas na Avenida Europa, não fará manutenção à Freguesia pois não está ali a fazer nada. Condicionar os destinos da Freguesia ao afirmar que se o PS vencer as próximas eleições não verá um tostão da Câmara é mais uma vez a arrogância a falar partindo do pressuposto de vitória no Município. É este o amor que tem pelos seus, ou por si própria?

HUMILDADE POLÍTICA – O anúncio da candidatura – a falta de humildade política ao declarar que a assume e que vai ganhar as próximas eleições, cantando vitória antes do tempo, denota um desrespeito pela democracia e pelos órgãos concelhios do seu próprio partido, que se saiba o candidato ainda não foi escolhido. A isto chama-se ultrapassagem pela direita. É obra!

GESTÃO INCOMPETENTE – A salientar que este Executivo governa em maioria, não reúne consensos, não consegue aprovar documentos, é incompetente, casos de estudo alicerçados no absolutismo político pois alguns dos seus elementos retiraram-se dos cargos e funções para os quais foram designados.

A competência não se explana nos media nem se esconde na propaganda, demonstra-se com factos e ações que podem ser facilmente comprovados nas gravações e nas atas que devem estar à disposição dos fregueses. Assim se desmascara o logro e defende-se a verdade. A imaturidade paga-se caro.

Na incapacidade política do Executivo da Junta conseguir os seus intentos, apesar de maioria em Assembleia, constata-se uma tentativa desesperada de subverter os pontos em discussão, julgando que ludibriaria a oposição (eleita para exercer, dentro do Estatuto que a lei lhe confere, uma atividade de acompanhamento, fiscalização e crítica das orientações políticas de quem governa) e outras oposições que a própria criou dentro do seu executivo e bancada.

Somos a favor de Aradas e dos aradenses. Não concordamos com uma política de segregação, eleitoralista, sem rumo. O “chumbo” no orçamento e GOP revela que maioria dos eleitos, seja de que Partido for, não concorda com o desnorte da Presidente da Junta.
Esta é a nossa coerência: Aradas; a transparência; o rigor! E ninguém cala, mesmo com ameaças, a defesa do bem-comum.

É de grande ignorância, de quem não sabe o que anda a fazer, confundir órgãos autárquicos com partidos políticos. O PS em Aradas vota em coerência por Aradas. Dizer o contrário é de quem não percebe de responsabilidade política, os seus contextos, as suas diferentes realidades. Acusar o PS de incoerência na votação em Assembleia Municipal em relação à da Freguesia só realça a procura incessante de bodes expiatórios, o desconhecimento que em democracia as instituições gozam de separação de poderes, pensamentos naturais para quem não se subordina ao poder de um homem ou mulher só e toma as suas decisões em liberdade e consciência. A freguesia não sofrerá prejuízos pois o Município assumirá as suas responsabilidades, algo que este Executivo pelos vistos nunca fará.

A constância do passo trocado contrasta com a cadência assertiva da oposição e somente a cegueira política continua a apregoar que marcha bem numa orquestra desafinada, idiossincrasias de quem tem uma visão de Aradas por um canudo.

* Vogal da Bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Aradas, concelho de Aveiro.

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