Costa Verde testa partículas e fibras à escala nano para melhorar louça do futuro

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Costa Verde (Vagos).
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A Costa Verde, fabricante de louça cerâmica de mesa com sede em Vagos, está envolvida “num dos projetos mais avançados do setor”, que recorre a partículas e fibras em escala nano.

Segundo a empresa, a tecnologia ‘Primecer’ permite “o desenvolvimento de artigos de mesa de alta performance, adequados às atuais exigências do mercado, com especial enfoque no setor hoteleiro e da restauração.”

Os novos produtos “devem responder aos mais exigentes requisitos de desempenho relacionados com a resistência do bordo e o metal marking.”

Ao mesmo tempo, acrescenta a Costa Verde, “devem dar resposta às novas tendências de mercado no respeitante a novos recursos, particularmente no que toca à conservação da temperatura dos alimentos.”

Como resultado deste projeto de Investigação & Desenvolvimento (I&D), a empresa deseja colocar no mercado “produtos de melhor desempenho e novas funcionalidades.”

Partículas e fibras, em escala nano, para incorporar em diferentes áreas funcionais

Para tal, são usadas partículas e fibras, em escala nano, para incorporar em diferentes áreas funcionais e especificadas de acordo com a função a promover.

No bordo do prato servirá para conferir uma maior resistência ao choque mecânico, no centro melhora a resistência do vidrado, eliminando o ‘metal marking’ e por detrás torna mais eficiente a conservação da temperatura da peça.

A Costa Verde está a criar os protótipos funcionais dos produtos, mediante a transferência tecnológica das diferentes soluções desenvolvidas para o ambiente industrial.

“O impacto da utilização de materiais nanoestruturados será considerado como estudo da potencial exposição de trabalhadores a nanopartículas aero-suspensas e consequente prevenção”, explica a empresa.

Além da equipa de I&D interna, tomam parte no projeto da Costa Verde o Centro Tecnológico da Cerâmica e Vidro e o International Iberian Nanotechnology Laboratory, um organização internacional de pesquisa na Europa em nanociência e nanotecnologia.

Facturação atual rende 13,5 milhões de euros

75% da produção da Costa Verde é exportada (União Europeia, Estados Unidos da América, Japão, Coreia do Sul, Inglaterra, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos da América, África do Sul, Chile, Brasil, México, Angola, entre outros países).
Criada em 1992, dedica-se à conceção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de louça cerâmica em porcelana para uso doméstico, hotelaria e restauração.
As vendas rondam um milhão de peças por mês e uma faturação anual na ordem dos 13,5 milhões de euros.
No complexo industrial de Vagos trabalham 320 funcionários.