Pai de grávida desaparecida da Murtosa confessa tráfico de droga

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Tribunal de Aveiro.

Pai de Mónica Silva, a mulher de 33 anos da Murtosa que desapareceu em outubro passado, grávida de sete meses, começou a ser julgado, esta quarta-feira, no Tribunal de Aveiro, por crime de tráfico de droga, confessando parcialmente os factos imputados.

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O arguido de 57 anos, que está sujeito a prisão domiciliária, sem ocupação profissional, declarou ter uma “pensão de invalidez de cerca de 600 euros”.

Segundo a acusação, está em causa o tráfico de cocaína, crack e haxixe entre os anos de 2020 e 2023.

O arguido contou que começou a fumar ‘erva’ e cocaína ao acompanhar amigos que iam uma vez por mês ao Porto, de comboio, comprar ‘produto’ (200 a 250 euros de cada vez, quando recebia o dinheiro da pensão). Droga que depois “tomava, vendia e dava, porque nem todos pagavam”.

A GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal de Ovar, fez vigilâncias e escutas telefónicas, sendo que nas conversas com consumidores era usada linguagem codificada como “ameijoa” quando se falava de droga, e de “quilos” ou “caixas” para indicar o número de pedras.

“Queria pedir pedir perdão ao tribunal, estou muito arrependido”, começou por dizer, confessando que traficava no concelho da Murtosa, em vários pontos, encontrando-se “por ali” com os clientes. Ainda assim, negou alguns dos rendimentos apontados, nomeadamente a entrega de 300 euros por conta de uma venda, assim como o tráfico de heroína. Negou, ainda, entregas de droga a uma das filhas, que não Mónica.

“Assassinaram a minha filha e nem o corpo aparece”

Depois de terminar as declarações sobre os factos em julgamento, o arguido quis deixar algumas palavras ao tribunal para “informar o que passei todos estes meses que tenho estado em casa” (sujeito a pulseira eletrónica desde que foi detido em março do ano passado). “O meu sogro morreu, agora a minha sogra. Assassinaram a minha filha, com 33 anos, grávida, e nem o corpo aparece. Estou muito arrependido, a droga para mim acabou”.

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