Ovar: “Controlada” a crise sanitária, autarquia define medidas para apoiar os mais afetados pela pandemia / Sugestões do PS ‘chumbadas’

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Centro da cidade de Ovar.

A Câmara de Ovar vai encaminhar os dividendos a receber este ano como accionista das Águas da Região de Aveiro (AdRA), cerca de 65 mil euros, para reduzir os encargos que os munícipes têm com a factura da água no concelho.

Compromisso assumido pelo presidente da edilidade, que é um dos vogais não executivos do conselho de administração da empresa mista do grupo Águas de Portugal (AdP), após a aprovação de ‘pacote’ de apoios pelo executivo.

Sobre a pandemia, que obrigou a colocar o concelho em ‘cerca sanitária’ durante um mês, Salvador Malheiro mostrou-se muito otimista a evolução dos casos locais. Ovar estava até sábado há uma semana com os mesmos 35 óbitos, O número de infetados, 692 à data de ontem, representava uma taxa de crescimento inferior a 1%, “que se tem vindo a consolidar nos últimos 4 dias”.

Os recuperados (353) são superiores a casos ativos registados (304). “Quer dizer que o esforço do povo vareiro, de todos, valeu. A crise sanitária está controlada e praticamente vencida”, afirmou o edil, alertando, ainda assim, para a necessidade de manter as regras de mitigação, que passam por evitar ajuntamentos e a proteção pessoal, nomeadamente o uso de máscara.

O município deu atenção também às consequências económicas e sociais da pandemia. “Temos de olhar agora para as crises que aí vêm. A crise económica em Ovar e em Portugal, não será fácil vencer. Houve uma paragem no mundo inteiro. A Câmara não foge às suas responsabilidades”, referiu Salvador Malheiro adiantando que estão aprovadas 21 medidas “para as empresas e as pessoas que mais precisam”, dentro das competências municipais, procurando, especialmente, “diminuir o esforço das pessoas com redução de rendimento”.

O presidente da Câmara de Ovar revelou, entretanto, que a sessão solene do próximo Dia do Município, a 25 de julho, irá contar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O PS de Ovar informou que “todas as propostas” (cerca de três dezenas de sugestões) apresentadas pelo partido no executivo camarário “para mitigar os efeitos sociais e económicos da pandemia” foram ‘chumbadas’ pela maioria PSD (propostas do PS em http://tiny.cc/psovar).

Os argumentos da presidência para rejeitar as medidas mereceram críticas dos socialistas. “Contrariamente ao que insinuou Salvador Malheiro, as propostas do PS estavam devidamente avaliadas: 5 milhões de euros em 3 anos. 2 milhões de despesa (líquidos de alguns cortes em despesas não essenciais) para fazer face à crise do Covid 19 e 3 milhões (2021 e 2022) de diminuição de receita por força da redução do IMI para a taxa minima legal”, explica uma nota de imprensa.

Segundo o PS, “a Câmara tem capacidade para suportar esse esforço, e antecipar investimentos há muito programados e sucessivamente adiados. Não valeria dar uma resposta verdadeiramente musculada (palavra tão em voga) para relançar a Economia vareira?” questiona o partido da ‘rosa’.

A criação de um gabinete de apoio ao munícipe, um fundo de reanimação da atividade económica das micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia e a antecipação de pagamento a fornecedores do município figuravam entre as propostas.

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