
O ser humano é atraído por desafios por natureza. No ciclo da vida, para evoluir teve sempre de ultrapassar obstáculos. Em muitos deles, teve de usar o engenho e a mente para os conseguir solucionar.
Com o passar dos anos, estes desafios ganharam outra forma. Sejam blocos de construção, quebra-cabeças ou simples jogos de memória, há desafios para todos os gostos.
E nesse sentido, o cérebro humano evoluiu então com base em padrões, lógica e probabilidades. Resolver enigmas ou prever resultados estimula zonas do cérebro ligadas à recompensa, à aprendizagem e ao prazer.
É por isso que encontramos nos jogos uma fuga: não apenas um passatempo, mas uma forma de manter a mente ativa, alerta e curiosa.
A mente que procura ordem
Antes de analisarmos a componente dos jogos, mencionar que a mente humana vive e desenvolve-se com base em estímulos constantes.
Seja com sessões de música (aproveite que The Black Mamba vão estar em Aveiro no próximo de 14 de junho), momentos de leitura ou até a correr, o cérebro humano encontra oportunidades para relaxar. E num mundo onde cada dia é diferente, estes mesmos momentos tornam-se preciosos para fugir da rotina diária.
Nesse sentido, quer seja um tabuleiro de xadrez, uma grelha de sudoku ou uma série de números num código, há sempre um objetivo (além de encontrar a solução): estimular a mente.
A lógica aplicada, o raciocínio sequencial e a tentativa de antecipar o próximo passo são características partilhadas entre muitos tipos de jogos, e também entre as formas de pensar mais analíticas.
Por exemplo, as atividades baseadas em padrões ajudam a melhorar a memória de trabalho, o foco e até a tomada de decisões. Jogar pode, portanto, ser mais do que entretenimento: pode ser treino cerebral.
Quando o digital amplia o desafio
Tal como em outros setores, como o setor do comércio local, a transição destes desafios para o mundo digital foi inevitável. E, para muitos, vantajosa. Aplicações móveis e jogos online tornaram o acesso a estímulos cognitivos mais fácil do que nunca.
Hoje, pode-se jogar uma partida de xadrez contra um adversário “anónimo”, resolver um enigma matemático à distância de um clique ou competir num torneio de palavras-cruzadas sem sair de casa.
A tecnologia não só permitiu o acesso a este tipo de jogos, como também permitiu adaptações interativas, visuais e adaptadas ao ritmo de cada jogador.
Aleatoriedade como estímulo
Mas nem todos os jogos vivem de lógica pura. Muitos apelam à nossa perceção de risco e sorte, desafiando-nos a prever resultados em sistemas aleatórios. Estes jogos estimulam outras zonas do cérebro, aquelas ligadas à antecipação e à emoção.
Quem aprecia este tipo de estímulo pode, por exemplo, ver opções de jogo de roleta online em plataformas digitais especializadas, onde a experiência replica o ambiente visual dos casinos clássicos e desafia o utilizador a ler padrões (ainda que probabilísticos) e tomar decisões rápidas. Tal como noutros jogos, aqui também há um equilíbrio entre instinto e análise.
Além deste tipo de jogos, os de consola ou PC também podem ser incluídos neste lote, uma vez que, para completar missões ou níveis, há sempre mini-puzzles por resolver.
Com efeito, jogos e desafios sempre fizeram parte da natureza humana. Procuramos padrões porque nos dão sentido, e enfrentamos desafios porque nos fazem crescer.
Hoje, com as ferramentas digitais à disposição, essas experiências estão mais acessíveis e variadas do que nunca. E como isso, o verdadeiro jogo é entre nós e o nosso cérebro. Sendo, talvez, o mais cativante de todos.