
“A OLIVA sempre foi sobre mais do que máquinas. Houve um lado profundamente humano, que me deu vontade de descobrir mais e contar essa história”. Palavras de Catarina Moreira autora do livro “OLIVA: A História por Contar”, que resulta de 10 anos de investigação sobre a extinta empresa metalurgia de São João da Madeira.
O obra que assinalou a passagem do centenário sobre a data da fundação da indústria por António José Pinto de Oliveira resultou de uma encomenda do mecenas João Brandão, chairman do grupo ERT que adquiriu parte das instalações do antigo complexo da OLIVA.
A historiadora Catarina Moreira tratou o espólio que ainda foi possível salvar, incluindo 285 documentos. “Os dois primeiros anos foram muito difíceis, mas abracei este projeto de alma e coração”, lembrou. Quando convidada a descrever a OLIVA numa palavra responder: “Inovação.”
“Comprámos o edifício sem sequer termos entrado. Quando finalmente pus os pés lá dentro, vi tudo vandalizado, documentos espalhados no chão. Foi um misto de emoções. Queríamos deixar esta memória viva, esse foi sempre o propósito”, explicou o empresário João Brandão.
O centenário ficou assinalado ainda pela homenagem a antigos trabalhadores, que receberam um alfinete comemorativo dos 100 anos e um exemplar do livro.
A OLIVA nasceu em 1925 como fundição e viria a tornar-se uma das maiores referências industriais do país, muito conhecida pelas suas máquinas de costura. Produziu igualmente torneiras, salamandras, marmitas e fogões de cozinha, banheiras, tubos, aquecedores, tornos de bancada, bombas centrífugas e ferros de engomar (+ info).
A Câmara de São João da Madeira ficou, entre outros espaços do complexo industrial, com a propriedade da emblemática ‘Torre OLIVA’.
Discurso direto
“O ADN de São João da Madeira é a indústria. A história industrial desta cidade é verdadeiramente extraordinária. A OLIVA resultou de um espírito empreendedor, da sua capacidade de inovação e risco. Nasceram aqui produtos que estão espalhados por todo o mundo. Elogio o gesto de João Brandão ao adquirir o património da OLIVA mesmo em ruínas, um ato importante e estruturante para a cidade” – Jorge Sequeiria, presidente da Câmara Municipal.
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