Mulher obrigada a tratar de alcoolismo para ter pena suspensa por tentativa de incêndio florestal

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Palácio de Justiça, Aveiro.
Comercio 780

Uma sexagenária residente na localidade de Rocas do Vouga, Sever do Vouga, que tentou atear fogo a um pinhal nas imediações de casa, em agosto passado, foi condenada esta tarde, pelo Tribunal de Aveiro, a três anos de prisão.

A pena ficou suspensa durante quatro anos, com a obrigação de fazer tratamento de alcoolismo e receber apoio psicológico de forma a prevenir comportamentos idênticos.

A juíza presidente alertou a arguida para a necessidade de cumprir aquelas condições e não cometer qualquer outro crime para evitar cumprir tempo de cadeia.

“Já esteve presa e certamente não quererá isso. Já esteve algum tempo em prisão preventiva”, lembrou a juíza presidente.

Com “regras apertadas”, o tratamento médico que a arguida aceitou fazer e apoio psicológico, o tribunal entende que há condições para não reincidir.

A mulher, que não tem antecedentes criminais, viu cessar a medida de coação a que estava sujeita, que era prisão domiciliária com vigilância eletrónica.

O acórdão deu como provados os factos que constavam da acusação por crime de incêndio agravado na forma tentada.

A arguida, que vive sozinha e padece de algum desequilíbrio emocional agravado pelo consumo de álcool, foi surpreendida por um casal que passava na estrada junto ao local onde tentava atear fogo, acabando ela própria por extinguir as chamas que, caso tivessem deflagrado, poderiam colocar em risco casas e fábricas próximas.

No julgamento, negou a versão imputada alegando que acedeu o fósforo durante a noite em causa quando estava a arranjar um tubo de água.

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