“MANIFESTAÇÃO? Sim, agradecemos

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25 de Abril, Assembleia da República.

A sustentação da desgovernança, dos “casos e casinhos”, o ambiente de gestão danosa e distante dos interesses dos portugueses, é incompreensível por muitos portugueses, senão mesmo já injustificável.

Por Filipe Mendonça Ramos *

Foi isto que a actual governação conseguiu juntar neste 25 de Abril às portas da Assembleia da República: uma Manifestação pluralista de CONTESTAÇÃO com professores, profissionais de saúde, profissionais da Justiça, um partido fundador da democracia (PPM), novos partidos de direita (Chega), Ucranianos (Associação dos Ucranianos em Portugal), entre milhares de portugueses insatisfeitos com a actual governação.

Curiosamente, o único acto registado hoje que atenta a liberdade de expressão foi mesmo a atitude do actual presidente da Assembleia da República, que na dita “casa da democracia” tentou silenciar um partido que, quer se goste ou não, foi legitimamente eleito e tem direito a manifestar-se em sede própria – afinal o parlamento é dos partidos, não é do presidente da AR, nem do Governo, nem da Presidência da República – a Assembleia da República é dos partidos eleitos pelo povo e que a compõem.

Podemos lamentar e não gostar, mas não é inédito a manifestação no parlamento através de cartazes.
O presidente da Assembleia da República foi avisado que tal aconteceria se desconsiderasse a posição “contra” de alguns partidos com assento parlamentar, previamente avisada – e se o PAR assim o fez e se assim o quis, eis o resultado – que aceite então a manifestação.

Foi mais um exemplo da prepotência da maioria absoluta no seu melhor, longe do país real – não fosse essa mesma prepotência a razão pela qual muitos se manifestam na rua.

E por falar nisso, de que vale também ter um presidente tão popular se nada faz com essa popularidade? A sustentação da desgovernança, dos “casos e casinhos”, o ambiente de gestão danosa e distante dos interesses dos portugueses, é incompreensível por muitos portugueses, senão mesmo já injustificável. O Presidente não vê o povo aflito com a alimentação cara, sem acesso a habitação condigna, sem uma educação de valor, sem acesso à saúde e sem garantias de justiça.

MAS EM MANIFESTAÇÃO OU CELEBRANDO, os portugueses saíram juntos num exercício de liberdade exemplar, numa atitude clara de que a política está fragilizada e esta governação tem os dias contados. São os actuais políticos que atentam à democracia, não é o povo – que hoje mostrou que a democracia é de todos!

E o 25 de Abril é isto. Não é da esquerda nem é da direita – é de todos os portugueses.
É a liberdade para contestar, para sair para a rua e manifestar, mesmo que tal não agrade ao regime instituído.

Decidi não participar na sessão solene das comemorações do 49º aniversário do 25 de Abril que decorreu na Assembleia Municipal, em manifestação solidária pela profunda insatisfação vivida pelos portugueses face ao atual panorama político nacional. O PPM esteve na rua!

* PPM – Assembleia Municipal de Aveiro.

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