Hospital de Aveiro instala o seu primeiro Cardioversor Desfibrilhador Implantável em doente cardíaco

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Bloco operatório, Hospital de Aveiro.
Comercio 780

O serviço de cardiologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) colocou num paciente, pela primeira vez, um Cardioversor Desfibrilhador Implantável (CDI).

Com o início deste procedimento, explica a administração em comunicado, passa a ser possível na unidade hospitalar aveirense “dar resposta a um grupo crescente de doentes com risco de disritmia cardíaca ameaçadora de vida, quer seja em prevenção primária (antes da arritmia, mas com elevado risco pela doença cardíaca já existente), quer seja em prevenção secundária (doentes reanimados de morte súbita)”.

A morte súbita de origem cardíaca é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, sendo que 40% de todas as mortes são súbitas.

O CDI permite detetar e terminar com episódios de arritmias potencialmente fatais.

A implantação é feita sob anestesia local e consiste na colocação, dentro do coração, de um ou mais electrocatéteres (fios com cerca de 2 mm de diâmetro e revestidos, habitualmente, por silicone), através duma veia, ficando conectados a um gerador implantado por baixo da pele.

Um procedimento simples semelhante à implantação de um pacemaker, do qual apenas se diferencia por ser um pouco maior e ter maior abrangência terapêutica.

Mais de 20 anos depois da colocação no então Hospital Infante D. Pedro do primeiro pacemaker definitivo, o serviço de cardiologia dispõe agora desta nova arma terapêutica, que se prevê que evolua para que seja possível implantar, a curto prazo, todo o tipo de cardiodesfibrilhadores implantáveis.

A primeira implantação de um CDI no CHBV contou com a presença de toda a equipa clínica de pacing, à qual se juntou um médico cardiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

“Este é mais um marco na diferenciação do serviço de cardiologia e do CHBV, permitindo aos doentes da nossa região uma mais pronta resposta, quer a nível da implantação dos aparelhos, quer através das consultas de seguimento dedicadas”, refere a administração, adiatando que esta “internalização de cuidados trará ganhos evidentes aos nossos concidadãos, evitando deslocações desnecessárias a outras instituições de saúde.”

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