Um ex- construtor civil residente em Albergaria-A-Velha, atualmente reformado, que em 2009 foi condenado a 21 anos de cadeia pelo homicídio de um advogado, em Estarreja, começou a ser julgado, esta quarta-feira, no Tribunal de Aveiro, por crimes de ameaças agravadas (3) e ofensas à integridade física (1) de que terão sido vítimas familiares, que acusa de se terem aproveitado do seu património enquanto esteve a cumprir pena.
Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o jornal online NotíciasdeAveiro.pt gratuito.
Os dois queixosos são cunhados do arguido, atualmente com 67 anos, que se encontra em liberdade condicional, e os factos ocorreram após a saída da cadeia. Segundo a acusação dos Ministério Público, numa das situações o sexagenário, alegadamente, surpreendeu um dos familiares, seu vizinho, a quem exibiu uma machada enquanto ameaçava “fazer o mesmo” que tinha acontecido com o advogado. Num dia posterior, quando o arguido estava a conduzir perto de casa, presumivelmente, dirigiu a sua viatura para o mesmo cunhado que seguia a pé, atingindo-o com para-choques, que causaram ferimentos ligeiros, e proferiu novas ameaças de morte. Já o caso relacionado com o outro familiar está relacionado com mais ameaças durante um encontro.
Confrontado pela juíza presidente com os factos imputados, o arguido não negou os desentendimentos familiares, mas deu a sua versão do que terá acontecido.
Sobre a situação em que se terá abeirado do cunhado vizinho com uma machada, esclareceu que “não disse isso que aparece aí do advogado, nem ameacei matá-lo”. Relativamente ao alegado atropelamento, afastou qualquer responsabilidade: “Ele é que jogou-se para baixo do carro, tenho testemunhas”. Também negou as supostas ameaças de morte dirigidas ao outro cunhado e familiares deste.
Questionado pela Procuradora do Ministério Público e pela própria advogada de defesa, o arguido afirmou-se, também, como vítima já que seria alvo de “insultos diariamente”, justificando as desavenças com o alegado aproveitamento ilegítimo, por parte dos familiares, do seu património enquanto cumpriu pena. “Estive preso. Era um grande construtor, venderam a minha frota, utilizaram o meu dinheiro e compraram terrenos”, acusou.
Artigos relacionados
Pena de 21 anos para homem que matou advogado em Estarreja
Empresário julgado por matar advogado
Siga o canal NotíciasdeAveiro.pt no WhatsApp.
Publicidade e serviços
» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais no jornal online NotíciasdeAveiro.pt, assim como requisitar outros serviços. Consultar informação para incluir publicidade online.