Homem diz que furtou moedas de máquinas de vending para “matar a fome”

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Tribunal de Aveiro.
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Um homem de 40 anos começou a ser julgado, esta terça-feira à tarde, no Tribunal de Aveiro, por furtos que tiveram como ‘alvo’ máquinas de vending localizadas em estabelecimentos na cidade em julho de 2020.

O arguido, que se encontra atualmente detido, responde por três crimes: dois furtos qualificados e um furto simples em três processos diferentes, que foram apensados.

“É tudo verdade, confesso”, assumiu no início do julgamento o indivíduo, natural de Águeda, que trabalhou como servente da construção civil.

Os furtos ocorreram em máquinas de vending de uma padaria e lavandarias (2) que arrombou para retirar os moedeiros / cofres para conseguir levar dinheiro (em dois casos 30 euros e num terceiro 80 euros).

Segundo a acusação, numa das lavandarias, o indivíduo ao estroncar a máquina que fez tombar causou danos no valor de 3 mil euros.

“Era para matar a fome. Tinha acabado de sair de uma reclusão grande em liberdade condicional, em 21 de dezembro de 2019, fiquei ao abandono, sem para onde ir”, explicou o arguido, relatando, ainda, a perda da companheira de longa data, em março de 2020, que o deixou emocionalmente abalado, ficando em pouco tempo sem habitação e emprego.

“Estou arrependido, já é a terceira vez que estou em reclusão e isso faz-me refletir sobre a necessidade de construir uma nova vida”, declarou o arguido, afirmando que prepara o regresso à liberdade, tendo trabalho prometido por um amigo na apanha de fruta.

Nas alegações finais, o Procurador da República disse que não podem deixar de ser levados em conta os antecedentes criminais do arguido. A favor, deverá ‘pesar’ “a confissão e arrependimento, que nos pareceu séria e honesta”.

A advogada de defesa lembrou, por sua vez, que, à data dos factos, o acusado vivia em “instabilidade emocional, ficou sem apoio social bem e não tem retaguarda familiar”. Aspetos que, pediu, o tribunal deve levar em conta na fixação da pena.

A terminar, o arguido, que tem cadastro por furtos e roubos, estando referenciado por consumo de droga, pediu “desculpa”, assim como “uma pena acessível para refazer a vida quanto antes”.

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