Grupo julgado por roubos violentos a gasolineiras remete-se ao silêncio no Tribunal de Aveiro

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Palácio de Justiça, Aveiro.

Quatro indivíduos, todos detidos, que estão acusados de assaltos a áreas de serviço em várias localidades do centro e norte do país remeteram-se ao silêncio no início do julgamento a decorrer no Tribunal de Aveiro.

Os arguidos, todos cadastrados, respondem por dezenas de situações envolvendo a prática de crimes contra as pessoas e património (furtos, roubos, sequestro, falsificação, posse de arma proibida).

O advogado de defesa de um dos acusados suscitou a legalidade de uma diligência policial de reconhecimento (identificação), alegando que resultou em prova proibida. A juíza presidente entendeu, contudo, indeferir o requerimento.

Um dos casos diz respeito à tentativa de roubo ocorrido em abril de 2021 numa gasolineira de Estarreja, com fuga após disparos de armas de fogo.

O tribunal começou a ouvir um inspetor da Polícia Judiciária do Porto que esteve envolvido nas investigações que permitiram desmantelar o grupo, com a detenção dos suspeitos de roubos.

A polícia recuperou 35 viaturas furtadas pelo grupo para usar nos assaltos (16 outras permanecem por encontrar).

Um dos suspeitos, a partir do qual a investigação foi desenrolada, violava a medida de coação a que estava sujeito (prisão domiciliária) durante a noite para praticar os assaltos.

As vigilâncias da PJ estavam em curso quando ocorriam roubos, mas nunca foi possível a detenção de suspeitos em flagrante delito. A recuperação de uma viatura, abandonada após acidente, onde estava a arma apreendida (a caçadeira usada em assaltos, incluindo em Estarreja), permitiu recolher vestígios dos arguidos.

Existe a suspeita que o grupo seria formado por mais indivíduos para além dos detidos que não foi possível indiciar.

Roubos praticados “com grande violência”

» Os suspeitos têm entre 26 e os 32 anos, tendo sido detidos na sequência de roubos e furtos em postos de abastecimento de combustíveis em autoestradas como a A25 e em zonas como Viseu, Aveiro, Guarda, Porto, Braga e Vila Real;

» A detenção foi feita em Matosinhos e Vila Nova de Gaia, onde a PJ fez buscas domiciliárias. Os detidos não tinham ocupação profissional e possuem antecedentes criminais;

» A PJ tem provas da prática de roubos desde novembro de 2020;

» Alguns dos roubos foram praticados “com grande violência” nas áreas de serviço das autoestradas A1, A3, A4, A7, A11, A25, A28 e A29 para levar dinheiro e tabaco;

» Os suspeitos também serão responsáveis por furtos qualificados com arrombamento em postos de abastecimento de combustíveis, supermercados, numa estação dos CTT, bem como em outros estabelecimentos comerciais.

» Em duas situações, em março e abril, em Estarreja e Penafiel, os suspeitos, após serem detetados em flagrante delito de furto pela GNR, em dois postos de abastecimento de combustíveis, reagiram a tiro, disparando tiros de caçadeira contra aquela força policial;

» Os detidos tinham já medidas de coação por crimes semelhantes, um deles com apresentações trissemanais e o outro com obrigação de permanência na habitação.

(em atualização)

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