Estarreja: Câmara remete para a APA mais esclarecimentos sobre ‘descarga’ recente na Bondalti

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Paços de Concelho, Estarreja.
Comercio 780

A presidência da Câmara de Estarreja encaminhou um pedido de esclarecimento sobre “as providências” tomadas na sequência de uma emissão de gases ocorrida durante a manhã de 15 de outubro na empresa local Bondalti (antiga CUF) para a Agência Português do Ambiente (APA), entidade com competências de monitorização, licenciamento e fiscalização.

As empresas do químicas são abrangidas pela diretiva “Sevesso II” para prevenir e controlar os acidentes graves associados à indústria química e limitar as suas consequências, relembrou o líder da edilidade.

Questionado pela vereadora Marisa Macedo (PS) na última reunião do executivo camarário, o líder da edilidade retomou os esclarecimentos dados pela empresa para a libertação de “gases amarelos escuros” na Bondalti.

Uma “emissão pontual” de óxido de azoto que a empresa justificou pelo encerramento da fábrica de ácido nítrico “por causa de uma interrupção brusca no fornecimento de energia elétrica.”

Diamantino Sabina fez eco, também, das garantias dadas pela Bondalti, segundo as quais “os gases libertados não colocam em causa a saúde humana, o ambiente ou a segurança das operações industriais”.

Já sobre a monitorização, no “parâmetro em concreto” (dióxido de azoto, que é altamente tóxico), referiu que o posto local instalado no lugar da Teixugueira da rede de estações de medição do ar QualAr da AOA, o a 15 de outubro, registava-se valores na classe de “muito bom”.

O autarca lembrou que a estação de medição do ar de Estarreja, denominada zona litoral noroeste do Baixo Vouga, tem uma área de influência que ultrapassa as fronteiras do concelho, abrangendo Ovar, Murtosa, Albergaria-A-Velha e parte do concelho de Aveiro.

Na sequência do alerta da ‘descarga’ e gases em causa, uma nota de imprensa Serviço Municipal de Proteção Civil de Estarreja salientava que, apesar do “forte impacto visual” durante “alguns minutos”, não houve “qualquer risco” para a saúde pública, ambiente ou segurança da população (ler comunicado).

No entanto, para a vereadora socialista Marisa Macedo, existem algumas incoerências nos registos de mediação por clarificar, uma vez que a avaliação “em tempo real”, ao início da tarde de 15 de outubro, assinalava a qualidade de ar como “moderado”. A autarca considera que é necessário, também, esclarecer a avaliação do impacto na saúde pública da emissão deste tipo de gases, que foi minimizado no caso do episódio mais recente.

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