Estarreja / Alta Velocidade: Petição online faz apelo ao presidente da Assembleia da República

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Mapa (Facebook Linha Alta Velocidade - Canelas ETR + Salreu)

Depois de várias tomadas de posição públicas, a contestação em Estarreja aos traçados previstos para a Linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa tem mais um capítulo, desta vez na forma de petição online.

As vozes mais críticas fazem-se ouvir, sobretudo, nas freguesias do sul do concelho, especialmente em Canelas.

A Câmara estarrejense colocou-se ao lado dos populares e, agora, associa-se, também, à divulgação da petição “Pela adoção da ‘Alternativa Zero’ da linha de Alta Velocidade na sua configuração atual”.

O apelo, que estará em fase de recolha de subscritores até 20 de agosto, é dirigido ao Presidente da Assembleia da República.

“Apesar de se encontrarem inteiramente a favor do progresso e da existência de uma Linha de Alta Velocidade em Portugal”, os proponentes da petição “repudiam veementemente as intenções do Governo de construir esta mesma linha nos moldes apresentados”. Por isso, “exigem que seja abandonado o projeto atual, procurando soluções mais coerentes com a realidade do território português”.

Como tem sido reclamado em várias iniciativas, é já mereceu concordância da Câmara local, defende-se mesmo “a opção pela alternativa zero”, ou seja, “a inexistência de projeto”, atendendo às informações que constam no Estudo de Impacte Ambiental (EIA). Abandonar o projeto é a decisão que se “afigura mais sensata e técnica, económica e socialmente ajustada”, sustentam os contestatários.

Além do formulário online, decorrem ações de recolha de assinatura em papel em documento a circular em diversos estabelecimentos comerciais do concelho de Estarreja.

“Os impactes ao nível socioeconómico, como sendo a afetação de áreas urbanas, demolição de habitações, efeito barreira, etc., serão gigantescos, num concelho já extremamente fustigado por infraestruturas (autoestradas A1, A29, EN 109, Linha do Norte, Rede Elétrica Nacional, Gasoduto)”, para além dos impactes ecológicos irreversíveis, dos quais se destacam o atravessamento da Zona Especial de Conservação da Ria de Aveiro (Directiva habitats) e da Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro (Directiva Aves), a afetação da Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional” (texto completo da petição disponível em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT116709).

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