Doentes internados nos corredores do Hospital de Aveiro

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Hospital de Aveiro.

O Bloco de Esquerda teve conhecimento, através da comunicação social, da existência de dezenas de doentes à espera em macas nos corredores da Urgência do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro.

O Hospital de Aveiro integra o Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE que serve cerca de 390 mil utentes.

Segundo o relato são 70 os doentes que se encontravam em macas nos corredores do serviço de Urgência, sendo que 20 aguardavam camas para internamento. De acordo com as informações conhecidas, a grande maioria dos doentes são idosos com infeções respiratórias e estariam nos corredores desde sexta-feira passada, tendo passado o fim de semana sem cuidados de higiene e com uma alimentação à base de sopa e maçã assada.

Esta é uma situação que acontece mesmo com ativação do Plano de Contingência de Inverno e é a segunda vez que ocorre no espaço de duas semanas neste serviço do Hospital de Aveiro. Já no dia 13 de novembro foi notícia a permanência nos corredores de cerca de 80 doentes que estariam à espera de internamento. Perante este último caso, a administração não prestou qualquer explicação para além de remeter esta questão para a afluência.

É, portanto, necessário averiguar quais os reais motivos desta acumulação de macas nos corredores do serviço de urgência e perceber de que forma é possível responder às necessidades dos utentes. Já é a segunda vez em menos de 2 semanas que esta situação se verifica e, para além de não se estar a garantir um tratamento digno aos doentes, a utilização dos corredores do serviço de urgência como internamento improvisado pode resultar na disseminação de infeções que colocam ainda mais em risco a saúde dos utentes.

O Bloco de Esquerda repudia esta situação e lembra o Governo da necessidade de investir no Serviço Nacional de Saúde de forma a ser possível responder de uma vez por todas a estes problemas que, infelizmente, se multiplicam pelo país. Só com investimento em profissionais e na infraestrutura do SNS podemos garantir o seu funcionamento pleno e uma resposta digna de um serviço público que se quer forte. Face à gravidade da situação, os deputados do BE, Moisés Ferreira e Nelson Peralta, já questionaram o Governo.

Bloco de Esquerda