Dia da cidade de Aveiro: Ribau Esteves afirma que está a cumprir as promessas

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Dia da Cidade, sessão solene da Câmara de Aveiro.

Ao fim de “quase dez anos de gestão” na Câmara de Aveiro, Ribau Esteves começa a fazer o balanço à frente do município, onde cumpre o terceiro e último mandato. Sublinhou, ainda, a importância do envolvimento dos cidadãos nas eleições europeias de 2024 e aproveitou para pedir “coragem” ao Governo na tomada de decisões “apropriadas”.

No discurso na sessão solene do dia da cidade, esta sexta-feira, o edil do PSD referiu que está a dar “cumprimento aos compromissos assumidos com os Aveirenses”. “Recuperámos e credibilizámos a Câmara, demos-lhe liderança política ao nível da Região de Aveiro e de Portugal, colocámos a sua estrutura a funcionar com qualidade e em todas as frentes das suas competências e por todo o município”. “Temos hoje uma Câmara que é parceira ativa de entidades públicas e privadas, numa lógica sempre aberta a desafios e apostas de crescimento”, vincou.

No feriado municipal consagrado religiosamente à Padroeira Santa Joana, o autarca fez questão de deixar especial “referência a duas áreas de desenvolvimento económico em que as novas políticas municipais têm um contributo muito relevante”. Por um lado, destacou o “turismo”, pelo seu “notável crescimento nos últimos seis anos, com uma recuperação notável das perdas provocadas pela pandemia, num trabalho investidor no marketing territorial, numa agenda de eventos marcante, num intenso investimento na requalificação urbana e na nova dinâmica cultural, com uma equipa de parceiros muito realizadora, na qual as empresas do sector têm um lugar central e a Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal tem um contributo capital na sua promoção em muitos universos”. De resto, uma das distinções honoríficas atribuídas tradicionalmente no dia da cidade foi colocada ao peito do presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado. A segunda área de desenvolvimento que mereceu sublinhado, foi a “tecnologia”. A cidade tem adotado como slogan ‘Aveiro Tech City’, assumindo “múltiplas realizações” como o projeto Aveiro STEAM City, o Aveiro Tech City Living Lab, bem como “a promoção de qualidade ambiental, mobilidade elétrica, entre muitas outras”. As “parcerias institucionais são de capital importância”, lembrou o edil. Nesse âmbito, a Câmara decidiu medalhar o Instituto das Telecomunicações, a festejar 30 anos também de presença em Aveiro.

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Apelo “a envolvimento responsável nas Eleições do Parlamento Europeu”

Ribau Esteves aproveitou a sessão solene, igualmente, para falar da União Europeia do pós pandemia, atualmente no “centro do combate a uma crise inflacionista e no apoio ao martirizado Povo Ucraniano pela absurda guerra provocada pela Rússia”, mas também “a viver o crescimento dos extremismos de direita”. Trata-se “um tempo muito difícil e importante, que exige atenção e cuidado de todos”, apelou. Para o autarca de Aveiro, “os cidadãos europeus têm de cuidar muito mais e melhor da sua União Europeia, nomeadamente com um envolvimento responsável nas Eleições do Parlamento Europeu do próximo ano, garantindo a aposta no centro político equilibrado para garantir a governabilidade das instituições da União Europeia, cada vez mais em risco pela falta de coragem política desse centro e pelo consequente aumento dos extremismos e dos nacionalismos demagógicos mas muito eficientes na mensagem política.” Impõe-se, defendeu Ribau Esteves, a participação do eleitor “num exercício cívico” para cuidar da Democracia “de forma saudável, positiva e continuadamente geradora de paz, solidariedade e desenvolvimento social e económico”.

Discurso direto

“Portugal vive um tempo de contradições. Com crescimento económico e acolhendo milhares de pessoas de todo o Mundo que querem viver neste País, com investimento em desenvolvimento estimulado de forma direta pelos Fundos Comunitários do Portugal 2020, do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência, com segurança, qualidade de vida e bom Sol.
Mas ao mesmo tempo, temos um Governo assente numa maioria absoluta no Parlamento, que não consegue estancar as suas fragilidades internas, que não consegue desenhar e implementar as reformas estruturais que o País precisa, que não consegue descontaminar a Administração Central do Estado da doença da híper-burocracia e do centralismo paralisadores.
Em Aveiro continuamos a lutar contra a miséria urbana dos terrenos da antiga Lota e contra os atropelos da gestão da frente-Ria de São Jacinto, continuando o Governo e a sua Administração do Porto de Aveiro, a defender a indefensável e vergonhosa inércia, em vez de procederem a imediata entrega da propriedade e da gestão dessas parcelas do território à Câmara Municipal de Aveiro para nelas investirmos de imediato e darmos-lhe vida e acessibilidade com qualidade às Pessoas que todos servimos.
Quero deixar uma palavra de estímulo ao Governo de Portugal, para que se concentre na governação e que governe bem, seja corajoso e tome as decisões mais apropriadas ao tempo que vivemos e ao futuro que vamos viver, independentemente de não serem as que fazem o melhor título do dia seguinte nas publicações da Comunicação Social.”

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