Crise pandémica / Universidade de Aveiro: Comunidade académica “tem estado à altura do desafio” – Reitor

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Universidade de Aveiro (acolhimento de novos alunos).
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O reitor da Universidade de Aveiro (UA) assegurou, esta tarde que a instituição está “atenta e preparada” para continuar a enfrentar a pandemia do Covid-19, ajustando-se às exigências e necessidades de saúde pública, que obrigaram a adaptar o ensino bem como atividades não letivas, mas também, mais recentemente, a enfrentar um surto com infetados entre a comunidade académica.

“Nos últimos meses adaptámos o ensino, as atividades extra curriculares e os espaços às exigentes medidas impostas pela pandemia para proporcionar um ambiente de aprendizagem atrativo, combinando ensino presencial e à distância de forma a garantir a segurança”, lembrou Paulo Jorge Ferreira ao intervir na sessão de abertura do ano académico, desta feita limitada a transmissão vídeo online.

Apesar de todas as condicionantes que obrigam a evitar aglomerados, a UA entende ser de “fundamental importância” manter “a componente presencial” do ensino, nos laboratórios e na vivência académica.

“A vontade de proporcionar uma experiência académica completa em contexto de incerteza exige muito de todos, mas a comunidade tem estado à altura do desafio”, garantiu o reitor, lembrando que foi definido um plano de prevenção e procedimentos certificados.

“Todos os membros da comunidade em isolamento são seguidos pelo grupo de acompanhamento de Covid-19 da UA que identifica necessidades e presta apoio”. Até ao momento, registaram-se mais de 2 mil interações com a comunidade, o que “muito contribui para esclarecer dúvidas e reduzir ansiedades”. Paulo Jorge Ferreira deixou “um agradecimento pelo desempenho exemplar” demonstrado.

A informação do estado pandémico tem sido diária (cerca de 65 ativos no início da semana). “A UA estará atenta e preparada para se ajustar conforme as circunstâncias o exigirem ou as autoridades recomendarem”, assegurou.

“Apesar das dificuldades do momento, sinto muita confiança quanto ao futuro. A forma como a comunidade académica se tem adaptado é inspiradora. Juntos vamos ultrapassar as adversidades e seremos mais capazes”, disse ainda Paulo Jorge Ferreira.

Número de novos estudantes “é o mais elevado de sempre”

2020-21 é um “ano especial” na UA por outros motivos. O número de novos estudantes “é o mais elevado de sempre” na primeira fase. Dos 16 mil candidatos, foram colocados 2329, sem contar com concurso locais.

Na mobilidade internacional, “apesar dos tempos difíceis”, chegaram “centenas” de novos alunos de 28 nacionalidades a uma instituição que acolhe já perto de 2500 estrangeiros, de 90 países.

A UA prevê também um ano intenso no âmbito do ‘consórcio das universidades europeias inovadoras’ que integra, preparando “dar resposta rápida às transformações da sociedade e do mercado de trabalho” com o ajustamento de processos de ensino e aprendizagem, mais baseada em desafios com modelos formativos flexíveis, bem como a necessidade de complementar o curso e diploma, sobretudo ao nível da pós graduação.

As instituições envolvidas preparam também a atribuição dos chamados ‘passaportes europeus de competências’.

Discurso direto

“Parece-nos continuar a faltar respostas globais para todo o ecossistema do ensino superior que salvaguardem as necessidades do nosso sistema de ensino, cada vez mais digital. Essas preocupações são transversais ao ensino superior. O impacto socio económico, prevendo-se o agravamento nos próximos meses, pode pôr em causa a frequência do ensino superior de milhares de estudantes em Portugal. É urgente a criação de mais mecanismos que assegurem que o abandono escolar não seja uma realidade. O plano nacional de alojamento ainda parece uma miragem, o aumento de camas parece residual. E os protocolos com as unidades hoteleiras foi insuficiente. Temos de saudar a UA que pelos seus próximos meios abrir mais uma residência e tem projetos para construção de mais. Continuamos a sentir uma enorme pressão do mercado de arrendamento privado e dos preços. Não é só Porto e Lisboa com estas dificuldades.
Não podemos deixar de partilhar desagrado por todos os contextos de incerteza e indefinição no arranque do ano letivo. A falta de indicações da tutela e recomendações da DGS atrasaram o ano letivo. Assistimos a uma total de desresponsabilização do Governo, ao contrário dos outros níveis de ensino, desculpando-se na autonomia das instituições e atirando para estas a responsabilidade de regular grande parte de preocupações que iam surgindo ” – António Alves, presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv).

(em atualização)

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