Covid-19: CIRA insatisfeita por ficar à margem de testes a profissionais das creches das IPSS

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Assembleia Intermunicipal, Aveiro (edifício da antiga Assembleia Distrital).
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A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) não está satisfeita com a preparação da reabertura das creches das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) na próxima segunda-feira, por falta de articulação com as autarquias na realização de testes aos profissionais daqueles estabelecimentos.

Segundo uma nota de imprensa da CIRA, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) decidiu abrir as creches das IPSS “sem que para o efeito tivesse estabelecido qualquer contacto oficial prévio” com os municípios, “ao contrário do que aconteceu nos lares”, que sucedeu com “o devido e atempado planeamento e trabalho de equipa entre entidades”.

Assim, “feita uma avaliação dos desenvolvimentos do processo dos testes aos funcionários das creches, que foi desencadeado de forma desestruturada e apenas nos últimos três dias”, os autarcas entendem que “não estão minimamente reunidas as condições necessárias para a desejável cooperação institucional que envolveria a participação da CIRA e dos seus municípios associados neste processo de contornos pouco claros, ficando assim o processo a ser gerido pelo Instituto da Segurança Social (ISS) de Aveiro”.

Entretanto, até ao final maio, serão feitos cerca de 670 testes de despiste de Covid-19 nos lares da CIRA terminando, assim, a primeira ronda prevista no âmbito de um plano lançado pelo MTSSS, que teve apoio das autarquias locais.

Ao todo, a Região de Aveiro informa que contou, até ao dia de hoje, com cerca 3.000 testes a idosos e funcionários de 50 lares em 10 dos 11 municípios. Apenas Ovar não integrou esta operação, atendendo às suas especificidades locais que motivaram uma ‘cerca sanitária’.

Segundo um comunicado, “o nível da execução tem sido muito próximo do planeado, havendo sempre acertos necessários ao nível da gestão logística da execução das colheitas”.

A CIRA adianta que “está fortemente empenhada para que este trabalho prossiga com uma segunda volta (desde já), continuando a garantir a utilização correta dos testes como ferramenta de trabalho na boa gestão de uma das principais populações de risco no que respeita à covid-19”, que são os idosos e os profissionais dos lares.

Os rastreiros contaram com o envolvimento do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga (ACeS-BV), Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) e Universidade de Aveiro (UA).

A UA, em estreita colaboração com o CHBV, realiza as análises laboratoriais e o processamento dos resultados com as autoridades de saúde.

Discurso direto

“Queremos enaltecer o bom trabalho realizado pelas quatro entidades envolvidas nesta operação, com a colaboração fundamental dos dirigentes das IPSS onde se realizam os Testes, demonstrando a importância do trabalho de equipa, e dando por esta via mais um bom exemplo da importância de se capacitar a Região de Aveiro com um Centro Hospitalar com a devida qualidade, executando a ampliação e qualificação do Hospital de Aveiro com construção de uma unidade de ambulatório e de uma unidade de centro académico clínico (integrando a UA), no quadro do CHBV, qualificando também os Hospitais de Águeda e Estarreja” – Ribau Esteves, presidente da CIRA.

(Informação ao minuto Covid-19 na RTP).

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