Confessa assaltos que causaram alarme social em Aveiro

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Tribunal de Aveiro.
Comercio 780

Um pintor da construção civil de 42 anos, desempregado, detido preventivamente desde março, confessou oito dos nove furtos que lhe estão imputados a estabelecimentos (cafés e pastelarias essencialmente), em Aveiro e Ílhavo (1).

O arguido, que começou a ser julgado esta terça-feira no Tribunal de Aveiro, responde ainda por dois furtos na forma tentada, três crimes de introdução em local vedado ao público e um crime de danos.

Os assaltos ocorreram num curto período, no centro da cidade, entre janeiro e março deste ano, causando sentimento de insegurança.

O indivíduo, que circulava de madrugada de bicicleta pela cidade, aproximava-se de estabelecimentos comerciais e arrombava as portas de entrada para levar dinheiro (trocos) de caixas registadoras.

O único furto que nega ter cometido é o de uma mala de senhora contendo duas alianças em ouro e cartões alegadamente de uma loja, de manhã, aproveitando a ausência momentânea da empregada ao balcão.

Em fevereiro, o ladrão foi detido em flagrante pela PSP numa tentativa de assalto a um cabeleiro.

Acabaria por ser restituído à liberdade e cometeu pelo menos mais cinco furtos a estabelecimentos, até ser novamente detido, na sequência de um assalto a uma estabeleciomento comercial em São Bernardo.

Em tribunal, o homem assumiu os furtos alegando que procurava dinheiro para droga (cocaína), consumindo à data entre 100 a 200 euros diários. “Estive para ser internado em fevereiro mas não aconteceu e continuei a consumir”, referiu, alegando que esteve afastado da droga durante um longo período até uma recaída em janeiro deste ano.