“Capacitamos a Câmara para cumprir os objetivos anunciados” – Ribau Esteves

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Balanço do segundo ano de mandato da Câmara de Aveiro.
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Num momento de arranque do alívio, que se espera progressivo, do confinamento social imposto pelas medidas de contingência do Covid-19, a Câmara de Aveiro revelou a ‘Fase 2’ do seu programa de apoio social e económico, com fundos disponíveis de 5 milhões de euros, não antecipando alterações na trajetória prevista para o mandato.

A terceira e última etapa, como anunciado aquando do anúncio das primeiras medidas, será para cumprir numa fase posterior ao período mais crítico de desenvolvimento da pandemia.

Depois de ter feito um ponto de situação das empreitadas locais em curso, o presidente da Câmara não antevê mudanças significativas no rumo traçado para o atual mandato, que termina em 2021, apesar do ‘abalo’ causado por razões de saúde pública.

Ribau Esteves reafirma que a tesouraria municipal tem folga para enfrentar estes dias de dificuldades acrescidas e ainda sem fim à vista.

“É inevitável uma recuperação lenta. Vamos fazendo as nossas contas, poderá haver deslize temporal num ou outro objetivo, mas a capacitamos a Câmara para cumprir os objetivos anunciados”, garantiu.

A maioria PSD-CDS assumiu também a manutenção da aposta na execução “do plano de investimentos” para 2020, sem colocar em causa a pretensão de atingir o reequilíbrio financeiro já este ano no âmbito do Plano de Ajustamento Municipal.

Uma grande obra que estará em vias de começar notar-se no terreno é a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, que ainda há poucos dias viu ser adjudicado os serviços necessários ao plano de fiscalização e segurança, por cerca de 50 mil euros.

Sobre o projeto do Rossio, que envolve a concessão de uma cave de estacionamento, sabe-se que terminou o prazo de entrega de propostas do concurso público, após uma prorrogação, mas a Câmara não adianta, neste momento, outras informações sobre em que ponto se encontra a mega empreitada de 10 milhões de euros (valor base do procedimento).

Ribau Esteves renova, no entanto, a aposta em “executar o todo o plano” de 2020 “e combater a pandemia”, garantindo que “não há abandono de nenhum objetivo como foi assumido”.

Com os setores privados a sofrerem um impacto enorme na atividade económica, a Câmara quer estar presente na hora de impulsionar a retoma. “Já se fala muito disto, de manter o investimento público, aumentar, para segurar as pontas, caso contrário seria uma desgraça maior”, lembra o edil.

No plano dos eventos, os cancelamentos foram inevitáveis desde março. O Festival dos Canais, um dos principais, tem agendada a sua 5ª edição para 15 a 19 de julho deste ano. A Câmara reserva para mais tarde informações, mas tem vindo, nas últimas semanas, a adjudicar a contratação de serviços de companhias de teatro de rua e outros grupos para o cartaz.

O “setor do turismo preocupa muito”, assume Ribau Esteves, tendo motivado medidas de apoio aos operadores marítimos turísticos (não cobrança de licenças e concessões), comércio e restauração. Esta última atividade vai ter um grande desafio pela frente na reabertura plena, para “reconquistar a confiança das pessoas e maior dificuldade, garantidamente, em criar condições”, lembra Ribau Esteves.

Antes da pandemia, Aveiro vivia um momento de grande atividade imobiliária que apesar de alguma ponderação não parou. “A construção e licenciamento de obras particulares continuam, depois de uma semana inicial que baixou para um terço. Mantêm-se boas perspetivas, agora é preciso os promotores habituarem-se ao mundo real”, alertou o edil.

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