Traçado do eixo rodoviário 'Aveiro - Águeda'.

O presidente da Câmara de Aveiro informou esta quinta-feira à tarde, na reunião pública do executivo, que tem agendado um encontro de trabalho com o presidente da Câmara de Águeda para ‘tomar o pulso’ ao projeto do eixo rodoviário Aveiro – Águeda.

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O assunto foi levantado pelo vereador Rui Castilho Dias (PS) ao pedir um “esclarecimento”
sobre a futura rodovia para a qual tem sido apontado o financiamento a 100% no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e, como tal, prazo de execução obrigatório até 2026. O eleito socialista quis saber se a demora no avanço da obra estará relacionada com tal condicionante e a eventual necessidade “de outro financiamento e em que condições” poderá acontecer.

Sobre este “anseio e preocupação regional”, Luís Souto adiantou que tem já marcado para a próxima semana um encontro com o presidente da Câmara de Águeda “para fazer o ponto de situação” do projeto, admitindo que possam ter surgido contratempos.

“Quando pensamos que estava tudo pronto, afinal falta ali mais uma peça. É trabalho do consórcio. Queremos fazer a junção de esforços para resolver o que falta para avançar”, referiu sem concretizar exatamente qual é a “peça” em falta no que tem sido “uma autêntica via sacra” ao longo dos anos. “Não vamos baixar a guarda. Estamos a trabalhar em conjunto”, garantiu, colocando a possibilidade de incluir o assunto também na “agenda de encontros” que está a ser preparada com o Governo, quase uma embaixada em Lisboa. “Este é um dos assuntos prioritários”, disse.

O eleito do PS pediu também que seja entregue um ponto de situação das obras municipais e respetivos financiamentos assegurados ou previstos (candidaturas em curso ou perspectivadas), atendendo a algumas dúvidas na informação divulgada pela anterior presidência.

O edil aproveitou para adiantar que os serviços municipais estão, justamente, a fazer um “levantamento de todas as obras, e são muitas, o que é bom sinal, porque trabalhou-se muito e umas estarão mais adiantadas”. A informação será depois partilhada pelo executivo.

Ainda pelo vereador Rui Castilho Dias, a presidência foi questionada sobre o compasso de espera na empreitada do pavilhão-oficina, por força de “litigância” (contestação de concorrente). O eleito recordou a posição contrária do PS quanto a este equipamento, defendendo que o entrave agora surgido seria um bom pretexto para anular o concurso e tomar outras opções mais adequadas às necessidades desportivas locais e de um espaço que seja multiusos.

Luís Souto confirmou que surgiu um “quiproquó” no concurso que enquadrou nas dificuldades de contratação pública, onde “a litigância está-se a agravar”, mesmo quando existem verbas e estão asseguradas as condições legais para avançar. É “um tempo em que tudo vai demorar mais tempo”, alertou, lembrando, também, outras dificuldades, mas por falta de concorrentes.

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Já “a visão” sobre o pavilhão-oficina, o autarca dá como “discutida em campanha”, pelo que a Câmara atual deseja seguir o trabalho “de acordo com o programa eleitoral” votado pelos aveirenses. Neste caso, recordou, o recinto surgiu “como resultado de um levantamento de necessidades” locais. A ordem é, por isso, “andar para a frente e não revisitar tudo e esperar mais 10 anos”, reafirmou. Já sobre a futura piscina, mostrou-se satisfeito por existir acordo para a localização na zona do estádio municipal, à semelhança do pavilhão-oficina. Concordou também, “a seu tempo, se houver condições”, avançar com a criação de um multiusos com valência de congressos.

O PS aproveitou o período antes da ordem dia para questionar o funcionamento do ferry após a avaria mais recente,  alertar para a necessidade de prevenir as cheias em caso de chuva de intensa a pretexto do mau tempo deste dia e ainda solicitar informação sobre a adjudicação do projeto de loteamento da antiga lota.

O presidente admitiu que as avarias são normais, mas é necessário melhorar a informação dos utentes. Sobre as cheias, relembrou que se melhorou muito na cidade, admitindo que nas freguesias subsistam problemas com falta de limpeza. Quanto ao projeto da lota, garantiu “a maior transparência”, estranhando, contudo, que se esteja a querer “voltar ao concurso de ideias”.

Luís Souto ironizou com “o grande trabalho de casa” do PS “com uma profusão de propostas” na reunião de Câmara. “Muitas delas nos opuseram na contenda, teve o resultado que teve e ganhámos nós e não o PS, essa é que a verdade”, lembrou.

Reunião da Câmara de Aveiro (13112025).

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