Na cerimónia de abertura da Feira de Artesanato e Gastronomia, António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, pediu apoio à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para dar resposta às necessidades das populações.
Aproveitando a presença da ministra da Coesão Territorial na abertura da Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada, que decorre, no Jardim Municipal, até dia 12 de junho, António Jorge Franco pediu apoio e lançou a Ana Abrunhosa “desafios regionais e locais”, começando pela Ferrovia da região Centro, um “valioso ativo que é necessário catapultar”, e pelo cluster da saúde e do bem-estar. “Gostaríamos de ver, na agenda regional, uma estratégia de posicionamento da competência e capacidade instalada, articulada com o património e potencial das águas termais e da floresta terapêutica”, afirmou.
Dentro dos pedidos de âmbito regional foi também sublinhada a necessidade de expandir o Sistema de Mobilidade do Mondego – metro de superfície – até à Mealhada que, para o autarca, deve ser “prático, direto, ter em conta as zonas industriais, os destinos turísticos e as ligações intra e inter municípios vizinhos”. No âmbito das estratégias de posicionamento e afirmação de destinos turísticos, António Jorge Franco enunciou a existência dos destinos Bairrada – Bussaco – Mondego, um projeto que resulta de um trabalho conjunto de várias entidades, e Mealhada – Luso – Bussaco, sublinhando, acerca deste destino, “a importância e a atenção que deve ser dada à Mata Nacional do Bussaco e à sua candidatura a património da UNESCO”.
“Inquietações locais de vital importância para a qualidade de vida das populações” também marcaram o discurso do presidente da Câmara da Mealhada: a construção do novo edifício municipal e a necessidade de “encontrar formas de financiamento”, a “falta de enquadramento, nos instrumentos financeiros, dos mercados municipais da Pampilhosa e Mealhada” e “a intervenção, no âmbito da estratégia de eficiência energética, nas Piscinas Municipais da Mealhada”. Outra inquietação referida foi a questão da transferência de competências, no âmbito da descentralização que, segundo o autarca, deve ser feita “de forma correta, com uma análise integrada e com a cabal transferência de verbas, que cubra a globalidade das competências transferidas”.
Em resposta aos reptos lançados, a ministra da Coesão Territorial concordou que a reivindicação deve ser um meio para atingirmos o que queremos, mas alertou que não basta apenas existirem recursos. Há que definir estratégias alinhadas com os territórios. “A busca de recursos deve ser efetuada só após uma definição do que é estratégico para os territórios”, alertou. Ana Abrunhosa deixou uma “palavra de esperança”, lembrando que o próximo quadro comunitário de apoio – Portugal 2030 – está a chegar, estando a decorrer um trabalho de submissão dos programas operacionais.
Durante nove dias, a Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada vai reunir, no mesmo recinto, dezenas de artesãos, tasquinhas, área de diversão e área de concertos, com a atuação do eterno rei da rádio António Calvário, dia 9, e da fadista Cuca Roseta, dia 12, entre muitos outros músicos, bandas, DJ e coletividades do concelho. As entradas são livres.
Câmara da Mealhada
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