Nuno Quintaneiro, presidente do SC Beira-Mar.

Nuno Quintaneiro ‘dramatizou’ o discurso antes da votação, avisando que, nesta segunda tentativa, o eventual ‘chumbo’ da sociedade desportiva ‘em cima da mesa’ ditaria mesmo a demissão da direção. Desafiou, ainda, quem estivesse contra a avançar ali mesmo como alternativa. Pelo meio, evidenciou a situação financeira atual e a falta de perspetivas para começar a saldar compromissos, existindo mesmo atrasos nas prestações do Plano de Recuperação. E, assim, o clube encontra-se exposto a credores mais impacientes avançarem com pedidos de insolvência.

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Depois, os projetos desportivos mais importantes, como apostar em subir escalões no futebol sénior, também precisam da injeção de capital apontada na proposta com Breno Silva, que já ‘adiantou 200 mil euros para manter o ‘barco navegar’ na época finda. “Não há milagres, precisamos de investidores para sermos uma equipa competitiva”, reafirmou o presidente do clube antes de pedir “coragem para dar o passo em frente”.

O apelo surtiu o efeito desejado. Nenhum dos 252 sócios com direito a voto usou-o para se manifestar contra, registando-se uma abstenção, que no tipo de votação em causa teve o mesmo efeito, para além de não permitir uma unanimidade que seria histórica.

“Uma alegria e uma responsabilidade, porque é o primeiro passo de algo grande que vai ter de acontecer”

“Esta maioria inequívoca deixa-me contente, por sentir que o Beira-Mar está vivo, forte, na vontade das pessoas; mas também é uma responsabilidade, porque é o primeiro passo de algo grande que vai ter de acontecer a seguir, em que a direção se irá ter de empenhar fortemente para que estes sonhos sejam concretizados”, afirmou Nuno Quintaneiro nas primeiras declarações após ‘cair o pano’ da reunião magna.

A vida do Beira-Mar com investidores poucas vezes correu bem e a primeira e única Sociedade Desportiva Anónima participada pelo clube ‘implodiu’ mesmo, atirando com a equipa da segunda nacional para a segunda e última divisão distrital.

Agora há novos investidores e parceiros já identificados por Breno Silva, mas ainda sem certeza quanto a quem, além daquele empresário brasileiro, irá participar na sociedade a entrar na Sport Clube Beira-Mar Futebol, Sociedade Desportiva por Quotas (SDQ).

“Se algo falhar ao nível do investimento, temos mecanismos para travar e reverter a sociedade para o Beira-Mar, o que a sociedade de 2021 não tinha”, recordou Nuno Quintaneiro, admitindo que dentro de um ano seja necessário aumentar o capital social, uma vez que as despesas previstas irão consumir liquidez até lá.

Se correr como previsto, a SDQ será formalizada “nas próximas semanas” para as equipas seniores serem inscritas já em nome da sociedade desportiva, para onde transitam alguns elementos da estrutura do clube, como Fabeta e e os seus ‘braços direitos’. O antigo internacional Luís Vidigal, que trabalhou na formação do Sporting, tem prestado algum aconselhamento a Breno Silva, mas não se sabe se irá ficar na ‘estrutura’ que contará, pelo que já foi anunciado, com o brasileiro Pedro Guaratto.

Discurso direto

“O que gostaríamos muito era ajudar a sociedade desportiva a ser candidata à subida à Liga 3” – Nuno Quintaneiro (ouça mais declarações partilhadas abaixo ou através deste link).

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