Nuno Quintaneiro, presidente do SC Beira-Mar.

“O clube está salvaguardado, portanto não resultará nenhuma consequência negativa da não continuidade do projeto”. É nestes termos que Nuno Quintaneiro Martins, presidente do Beira-Mar, descansa os sócios após a direção confirmar que não avança com a criação da sociedade desportiva (SD) com o anunciado “parceiro – investidor” Breno Dias Silva, alegando não estarem reunidas as condições necessários, o que está relacionado com incumprimento de pressupostos previstos no acordo prévio.

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O Beira-Mar recebeu adiantamentos de verbas, importantes, ainda na época passada, no âmbito do projeto acordado com o empresário brasileiro, que até poderia acionar a prevista penalização financeira do clube por decidir fazer ‘marcha atrás’. Contas agora ‘a acertar’ entre as partes envolvidas, faltando saber à hora desta notícia se iriam decorrer de forma amigável, como propôs o clube, apesar da perda de confiança, já irreparável, naquele que deveria assumir os destinos do futebol sénior, envolvendo outros parceiros.

Os contornos de um conjunto diverso de situações que levaram à decisão do clube, motivam, nesta fase, cautelas de Nuno Quintaneiro Martins, que pretende alcançar um desfecho satisfatório para as partes envolvidas. Aguardava-se uma reação de Breno Silva, que tinha assegurando nos dias anteriores ter reunido as condições para corresponder às exigências da formação da sociedade desportiva.

Apesar deste ‘arranque em falso’ da sociedade desportiva, o presidente do Beira-Mar considera que “o clube está melhor do que estava há um ano” e “tem melhores condições para perspetivar uma sociedade desportiva do que há um ano”.

O Beira-Mar irá voltar ‘ao mercado’ em busca de investidores que permitam voltar a ter ‘horizontes mais largos’. “O caminho agora a fazer é, naturalmente, de ganhar tempo para construir um projeto de ambição. Para já, o objetivo terá de ser a manutenção.

Clube está a iniciar o processo de formação de novo plantel

Com a inscrição assegurada no Campeonato de Portugal, o clube está a iniciar o processo de formação de novo plantel, tarefa a cargo de Pedro Moreira e Fabeta (treinou a equipa na fase final da época, assegurando a manutenção). “Não podemos esconder que partimos atrasados”, refere Nuno Quintaneiro Martins, esperando recuperar o tempo perdido para quem no arranque de julho, quando a ‘oficina reabrir’, o grupo esteja bem composto e dê garantias de ser competitivo.

“A prioridade é estruturar a espinha dorsal do plantel, à semelhança da época passada. Paralelamente fomos trabalhando o dossiê do treinador, é isso que vamos fazer”, explicou o presidente. A hipótese Fabeta (diretor técnico do clube) para voltar ao comando da equipa não passa disso, neste momento em que ainda há muita coisa por decidir.

Discurso direto

“Aprendemos muito com este processo, temos uma sociedade desportiva aprovada em Assembleia Geral, bem estruturada e definida. O instrumento jurídico usado viu-se que protegeu o clube, portanto vamos para a frente” – Nuno Quintaneiro Martins.

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