BE compromete-se com políticas alternativas para “Construir o futuro” de Aveiro

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João Moniz, coordenador do Bloco de Esquerda de Aveiro (ao centro).
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“Construir o futuro” é o mote do Bloco de Esquerda (BE) de Aveiro para as eleições autárquicas deste ano em que irá concorrer a todos os orgãos autárquicos do concelho com o objetivo de “aumentar a votação de 2017”,  quando conseguiu eleitos na Assembleia Municipal (2) e nas Assembleias de Freguesia de Esgueira, Glória e Vera Cruz, Cacia e ainda em Eixo e Eirol e Santa Joana.

A eleição de um vereador, algo nunca alcançado, continua a ser o lugar mais desejado. Nelson Peralta, atualmente deputado na Assembleia da República, protagonizou candidaturas à Câmara nos últimos dois atos eleitorais. Para já, a concelhia não quer avançar nomes de candidatos.

O “Manifesto Autárquico de 2021” hoje divulgado é o ‘tiro de partida’ para “construir uma alternativa à política que governa Aveiro, que se baseia em impostos no máximo e serviços públicos no mínimo”, explicou João Moniz, coordenador da concelhia bloquista.

O aumento “brutal” da receita gerada por impostos locais, que “disparou” de 21 milhões para 36 milhões de euros anuais, fez-se, acusou o dirigente, “sem correspondência nos serviços públicos”.

O BE continua a manifestar-se contra a entrega dos transportes a privados, insistindo na remunicipalização do serviço, ao mesmo tempo que continua a denunciar “a redução brutal de serviços públicos”. A Câmara é criticada por “não ter uma política social com direitos objetivos, mas uma política assistêncialista que funciona a pedido”, obrigando os cidadãos “a exporem a sua fragilidade para deliberar com base nisso”.

“Outros dos problemas” a que Bloco irá dar atenção é a habitação, com propostas de medidas para enfrentar os preços de casas e rendas que subiram “drasticamente”, o que “não tem resposta da parte da Câmara”.

“É preciso uma política social a custos controlados e a instituição de direitos, nomeadamente a tarifa social automatizada”, insistiu João Moniz defendendo que a “política de requalificação agressiva do espaço público é, nalguns casos, necessária, mas não  tem em conta a componente habitacional, levando a criar outros problemas, como a gentrificação e o aumento dos preços.

O BE vai dar atenção ainda “às questões da crise ambiental”, uma vez que Aveiro “é das regiões que está mais vulnerável e não vemos nenhum resposta, nem da CIRA (Região de Aveiro), que é também liderada por Ribau Esteves”.

Discurso direto

“O processo autárquico está em marcha, o manifesto é um convite à população a participar nas iniciativas para darmos a conhecer as linhas gerais. O programa em si está a ser construído com aderentes e independentes para apresentar em breve”.

“Neste momento, estamos a construir as listas. É um processo que envolve os aderentes, demora o seu tempo. Os cabeças de lista serão apresentados em breve, provavelmente em abril” – João Moniz.

Consultar manifesto autárquico de 2021 do BE de Aveiro

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