BE apresentou propostas para melhorar rendimentos de trabalhadores

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Foto do Bloco de Esquerda na greve da Lactogal.
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A pré-campanha eleitoral do Bloco de Esquerda (BE) no distrito de Aveiro deu atenção a problemas laborais em sectores importantes.

Uma comitiva bloquista com a presença do cabeça-de-lista Moisés Ferreira esteve em contactos com dirigentes do Sindicato dos Corticeiros do Norte, em Santa Maria de Lamas, a apresentar “propostas para aumento de salários e combate à precariedade”.

O Bloco lembra que o setor da cortiça “é altamente lucrativo e monopolizado por poucos grupos económicos”, conseguindo gerar 68 milhões de euros líquidos de lucro em 2020.

No entanto, as empresas, denunciam os bloquistas, recusam “aumentos dignos no salário dos trabalhadores”. A última atualização garantida, “através de muita luta por parte dos operários corticeiros, representa apenas 1,5 milhões de euros”, ficando “bastante abaixo do que é o aumento do salário mínimo nacional” decretado pelo Governo.

“A continuar assim, os trabalhadores da cortiça empobrecerão e nos próximos anos serão apanhados pelo salário mínimo nacional”, alerta o BE que propõe “não só o aumento do salário mínimo, mas também do salário médio”, o que é “uma urgência para que Portugal não se torne um país de salário mínimo.”

Para os bloquistas, “setores tão lucrativos como o da cortiça podem e devem pagar mais aos seus trabalhadores”, defendendo, ainda, o aumento da indemnização por despedimento, a redução do horário do trabalho para as 35 horais semanais e o aumento do valor pago por hora extra. Outro problema “crescente” denunciado diz respeito ao “uso e abuso de trabalho precário no setor da cortiça”.

O BE esteve, também, a apoiar a greve dos trabalhadores da Lactogal, em Oliveira de Azeméis, que reivindicam melhores salários. Apesar de ter gerado entre 2017 e 2019, cerca de 60 milhões de lucro, a empresa, acusam os bloquistas, tem “recusado a proceder a aumentos dignos aos seus trabalhadores, propondo um aumento de apenas 1%.”

“Para além disso não paga subsídio de alimentação e não reconhece a antiguidade dos trabalhadores, fazendo com que quem trabalhe há 15, 20 ou mais anos esteja hoje a ganhar quase o salário mínimo nacional”, denuncia o Bloco.

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