Baixa de Águeda revive cheias históricas

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Subida das águas na baixa de Águeda.
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A baixa da cidade de Águeda está a ser afectada por uma cheia devido à subida do nível do rio ocorrido desde o final da tarde de quinta-feira, o que levou pouco antes da meia noite, por precaução, a GNR a cortar o trânsito na ponte da antiga EN 1, que fica mais próxima do centro.

O aumento do caudal era previsível, atendendo à intensidade da chuva que caiu durante o dia, bem como às descargas de água realizadas pela barragem Ribeiradio, fazendo engrossar o efluente Alfusqueiro.

Residentes, comerciantes e estabelecimentos de restauração localizados nas ruas inundadas devido à incapacidade de escoamento das águas pluviais acautelaram, na medida do possível, a proteção de bens.

Águeda estava com caudais muito próximos daqueles que resultaram nas cheias de 2001, disse Pedro Nunes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), sendo provável ocorrer uma inundação semelhante.

“As próximas horas são de alerta. Os serviços de Proteção Civil Municipal, Bombeiros, Unidades Locais de Proteção Civil e GNR estão no terreno e contamos com a melhor atenção e colaboração de todos os cidadãos, adoptando todas as medidas de segurança”, alertou, por seu lado, o presidente da edilidade.

Jorge Almeida mostrou-se ainda “surpreendido” com a gestão das descargas da barragem de Ribeiradio, que libertava mil metros cúbicos por segundo, levando para Águeda “caudais nunca vistos”.

A bacia hidrográfica do Águeda estava, assim, a reviver cheias que não aconteciam há alguns anos, depois de obras que permitiram melhorar o escoamento das águas e reforço de margens.

O jornal Soberania do Povo partilhou imagens ao inicio da madrugada de sexta-feira.

As condições meteorológicas adversas deverão prolongar-se até às 3:00 da madrugada de sexta-feira, altura em que se espera um ligeiro desagravamento, quer da precipitação, quer do vento. Mas as condições deverão agravar-se novamente por volta das 14:00, embora com menor intensidade.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu o aviso vermelho emitido para o distrito de Aveiro até às 3 da madrugada de sexta-feira devido à previsão de rajadas de vento fortes.

Aveiro, com muitas dezenas de ocorrências desde o final da tarde, sem danos pessoais graves, figura entre os distritos mais afetados pela depressão durante esta quinta-feira, a par de Braga, Porto, Viseu e Coimbra.

A subida do nível do Rio Vouga em Sever do Vouga obrigou a cortar a EN 16 desde Paradela do Vouga até à Foz.

A ligação Aveiro – Águeda também foi cortada ao início da madrugada entre Almear e Eirol, junto a Ponte da Rata, em ambos os sentidos.

No país, há a lamentar dois mortos provocados pela depressão Elsa e 4 mil ocorrências desde a tarde de ontem, deixando meia centena de desalojados.

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