Aveiro / Tráfico de droga: Quatro indivíduos condenados a prisão efetiva

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Tribunal de Aveiro.
Comercio 780

O Tribunal de Aveiro condenou, esta tarde, 15 pessoas por tráfico de droga, absolvendo apenas um arguido.

As penas de cadeia variaram entre oito anos e três meses e os dois anos. Dos 15 condenados, quatro ficaram com prisão efetiva (11 penas foram suspensas com obrigações).

O processo tinha 18 arguidos. Dois vão ser julgados à parte, porque, à data do início do julgamento, desconhecia-se o seu paradeiro. Um indivíduo, emigrado em França, foi julgado na sua ausência.

Quatro casais foram condenados a pagar ao Estado quantias apuradas por conta dos ganhos do tráfico que totalizam cerca de 38.600 euros (só um dos casais tem à sua conta 20.280 euros).

O Ministério Público (MP) pretendia que os arguidos pagassem ao Estado cerca de 42 mil euros, correspondentes ao “ganho mínimo” por estes obtido com a venda da droga.

Sentaram-se no banco dos réus 11 homens e cinco mulheres, com idades entre os 21 e 52 anos.

Um deles, que seria mais influente na atividade (recebeu a pena mais pesada), respondeu, para além do tráfico, ainda por sete crimes de condução sem carta.

Segundo a acusação, pelo menos desde o início de 2017 que os suspeitos vinham-se dedicando, com regularidade, nas zonas de Aveiro e Ovar, à venda de substâncias estupefacientes, nomeadamente heroína, cocaína e haxixe, a indivíduos que os adquiriam para seu consumo e mesmo revenda e cedência a terceiros consumidores.

A rede foi desmantelada em abril de 2017, durante uma operação da Polícia Judiciária e da GNR que incluiu a realização de mais de três dezenas de buscas, incluindo num acampamento, tendo sido apreendidas diversas drogas, nomeadamente haxixe, heroína e cocaína.

Os suspeitos foram investigados pelas autoridades durante cerca de um ano. Na altura das buscas, foram detidas sete pessoas, tendo quatro delas ficado em prisão preventiva (todas estas foram agora condenadas).

“Muitos de vós têm filhos, devem pensar na influência que têm nas suas vidas, nos que dependem de vós. Aos que viram as penas suspensas, é uma oportunidade de mudarem os seus comportamentos. Os outros, que a prisão vos faça perceber que este não é o caminho”, disse a juíza presidente em jeito de comentário final.

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