Luís Souto acusou o cabeça de lista do PS de “brincar com o tema da habitação” para “ficar bem na fotografia”. O comentário foi deixado na apresentação dos candidatos da ‘Aliança Mais Aveiro’, em Cacia, a propósito da proposta de Alberto Souto, divulgada numa entrevista ao Jornal de Notícias, de subarrendar casas junto de imobiliárias, disponibilizando-as a famílias necessitadas sem casa a preços inferiores.
Propostas que o candidato da coligação do PSD-CDS-PPM classifica como “irresponsáveis”, uma vez que “só vão favorecer a especulação e dar de ganhar a algumas entidades, mas de certeza não iam resolver nada”.
Luís Souto reafirmou o empenho na promoção habitacional com apoios estatais, ao contrário do que tem sido a opção do atual executivo. “Vamos olhar para a lei, explorar os instrumentos, procurar financiamentos e criar condições para construir”, defendeu, dando o exemplo de Cacia onde será necessário, também, ultrapassar limitações à construção existentes.
Sobre a recandidatura de Nelson Santos, considerou ser um exemplo a seguir para o município, elogiando “a proximidade, capacidade de gestão e realização impar” ao longo da sua presidência na Junta, pedindo apoio para a sua continuidade. “Não queremos aventuras em Cacia, nem no município. Queremos quem faça pela terra, que seja de contas certas. Políticos como o Nelson, que não sintam vergonha da passagem à frente dos destinos autárquicos, precisamos de políticos que sintam orgulho pelo serviço prestado às populações e qualidade de gestão”, afirmou o candidato à Câmara.
Em Cacia, Luís Souto deixou, entre outra, a garantia que irá dar seguimento às intervenções na piscina e mercado, acolhendo, também, a reivindicação local de melhores acessibilidade (por exemplo, em Sarrozola, a ligação à ‘ponte da Refer’ à rua Dr. Marques da Costa, “é mesmo para avançar”)
Além de “estar atento” aos “grandes projetos” no Baixo Vouga, o candidato compromete-se a “dar nova dinâmica” à Estação Náutica, criando o posto náutico no Rio Novo Príncipe. Aproveitar as “condições impares” da freguesia na área do “turismo sustentável” é outra das apostas.
Luís Souto assegurou que irá empenhar-se na abolição definitiva das portagens na A25 que ainda são cobradas no concelho, sobrecarregando o trânsito em Cacia.
Nelson Santos recorda demissão de presidente da Junta no tempo de Alberto Souto
Já o cabeça de lista para a Junta, que é recandidato ao terceiro mandato, começou por reconhecer o apoio municipal, nomeadamente do presidente Ribau Esteves, que, além do saneamento financeiro da Câmara, “retirou Cacia de mais de 30 anos de esquecimento”. Nelson Santos lembrou ainda períodos conturbados “há 20 anos” quando o então presidente da Junta, eleito pelo PS, demitiu-se, em conflito aberto com a Câmara liderada por Alberto Souto, agora novamente candidato. “Não queremos voltar a este tempo, nem dos 10 anos sem delegação de competências”.
Sem querer abordar em pormenor a ‘obra feita’ (Casa do Conselheiro, posto da GNR, ruas qualificadas, requalificação de escolas, Avenida Europa, 170 mil euros de apoio a associações, arranjos urbanos e eventos “entre tantas coisas”) Nelson Santos preferiu destacar os projetos para “o futuro, com obras anunciadas, projetos ou empreitadas “que são para cumprir” (arruamentos, novo mercado e piscinas “que uma lista quer mudar de sítio, até o Estrela Azul querem mudar”, a escola de Sarrazola, requalificação da antiga sede, o centro náutico).
Nelson Santos disse pretender, ainda, garantir junto da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro “acesso ao rio para atletas, pescadores e outras pessoas” no âmbito das obras em curso. Vincou, ainda, a necessidade de “resolver” o problema das portagens. O cabeça de lista da coligação não deixou de comentar a campanha da candidatura local do PS: “Aparece um candidato jovem a dizer que quer resolver tudo, mas muitas vezes, quase sempre, não sabe do que fala. Se os problemas fossem fáceis de resolver, já estavam resolvidos, não vale tudo para ganhar votos”. Como “ideia nova” para o arranque do próximo mandato, anunciou “um bosque de Natal” para animar a quadra no parque do centro da freguesia.
“Parar o Conservatório para esperamos mais 10 anos”
Luís Souto voltou a garantir que será continuador das obras a herdar dos mandatos de Ribau Esteves, aproveitando para criticar novamente o PS, desta vez a propósito da providência cautelar que fez parar a demolição da vivenda antiga propriedade municipal, contígua ao Conservatório, de forma a utilizar o terreno, justamente, para ampliação da escola artística. “Não queremos parar nada, todos os dias o PS anuncia um STOP a projetos em curso, agora quer parar o Conservatório para esperamos mais 10 anos”, lamentou. A coligação deverá emitir um comunicado com uma reação mais detalhada ao assunto.
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(em atualização)
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