A maior expetativa nas eleições autárquicas para a Câmara de Aveiro, ponderadas todas as possibilidades ‘em cima da mesa’, não podem deixar de estar colocadas no desfecho da renovada coligação PSD-CDS-PPM.
Eleições autárquicas ao minuto via RTP | Eleições autárquicas 2025 – Resultados on line
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Irá a Aliança resistir sem ‘danos de maior’ à conturbada passagem de testemunho (Ribau Esteves tentou claramente afastar Luís Souto da ‘corrida’ à sua sucessão) ou irá sofrer uma erosão eleitoral relevante por vários ‘casos’ que marcaram a campanha? E quais as consequências na respetiva distribuição de mandatos com a reconfiguração da vereação, de uma eventual ‘fuga de votos’ ?
Por ser mais natural nas preferências partidárias, um cenário de perda eleitoral da coligação PSD-CDS-PPM beneficiará candidatos à direita. Confirmar-se-á a entrada, que seria histórica, do Chega, bem embalado pelas legislativas deste ano, ou os eleitores terão outra ponderação por serem eleições diferentes ?
O ‘mal’ que Diogo Machado, ex-deputado municipal do CDS agora cabeça de lista do Chega, possa causar na Aliança, dividindo eleitorado mais propenso à direita, poderá ser um bem para o PS.
No que toca às hostes socialistas, o escrutínio irá clarificar até que ponto a figura de Alberto Souto, antigo presidente da Câmara que há quatro anos foi o primeiro ‘a pedir a cabeça’ de Manuel Oliveira Sousa (cabeça de lista derrotado em 2021 e então líder do PS local) , ainda consegue inverter as perdas eleitorais do partido da ‘rosa’ no concelho e aumentar o número de mandatos no executivo em relação a 2021 (3 vereadores).
Para isso, será necessário, estando os fãs socialistas à partida garantidos, alguma recetividade junto de outras esquerdas para a candidatura ‘capitalizar’ voto útil, pelo menos para a Câmara, podendo a ‘história’ para outros órgãos autárquicos ser diferente.
Mais difícil poderá revelar-se a busca votos de eleitores do campo da AD, mais avessos ao partido do ‘punho cerrado’, ou que tenham ‘alinhado’ na coligação atraídos pela figura e estilo de Ribau Esteves.
Resta saber, também, se haverá impacto favorável no PS das várias polémicas que lançou na campanha, envolvendo decisões da ponta final do mandato do presidente da Câmara, que tiveram o ‘climax’ na discussão do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, e do hotel de 12 pisos associado, levando a castigar a coligação PSD-CDS-PPM, uma vez que Luís Souto não se desmarcou do edil em funções.
Resultado das eleições de 2021 (desfecho atualizado na Assembleia Municipal e Junta de São Jacinto pelas intercalares de 2022)
Câmara
1º PSD-CDS-PPM
6 mandatos
17.549 votos
51.26 %
2º PS-PAN
3 mandatos
8.901 votos
26 %
3º BE
2.191 votos
6,40 %
4º Chega
1.383 votos
4,04 &
5º PCP-PEV
1.144 votos
3,34 %
6º IL
790 votos
2,31 %
Assembleia Municipal
1º Aliança com Aveiro
16.270 votos
47,5 %
15 mandatos + 10 presidentes de Junta por inerência (total 25 mandatos)
2º PS-PAN
9.183 votos
26,8 %
6 PS + 2 PAN
8 mandatos
3º BE
2.883 votos
4,70 %
2 mandatos
4º Chega
1.609 votos
4,70 %
1 mandato
5º PCP
1.355 votos
3,96 %
1 mandato
6º IL
1.025
2,99
Freguesias
‘Pleno’ da Aliança com Aveiro nas Assembleias de Freguesia de Cacia, Esgueira, Santa Joana, Oliveirinha, Eixo-Eirol, Nossa Senhora de Fátima – Nariz – Requeixo, Glória – Vera Cruz, São Jacinto (intercalares de 2022), São Bernardo e Aradas.
Eleitos sem ser da coligação Aliança com Aveiro e PS Assembleias de Freguesia
PCP
1 mandato em São Jacinto
BE
4 mandatos: 1 BE Glória – Vera Cruz; 1 BE Esgueira; 1 BE Santa Joana; 1 BE Oliveirinha
Sentir Aveiro – Aradas
3 mandatos
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