Assoreamento da Ria: Associações pedem ajuda governamental idêntica a intervenção em curso no Algarve

687
Pelo Caminho do Praião (Gafanha da Encarnação, Ílhavo). Fotos de Cardoso Ferreira.
Comercio 780

A resolução dos problemas causados pelo estado de assoreamento na “generalidade” dos portos e ancoradouros da pesca profissional e da náutica de recreio da Ria de Aveiro, levou dirigentes associativos a “apelar para a intervenção direta e urgente do Governo (…), à semelhança da decisão que foi tomada recentemente pelo Conselho de Ministros em relação ao Algarve”.

Tomada de posição divulgada após um encontro realizado em Ílhavo de Clubes e Associações Náuticas da Ria de Aveiro, em conjunto com a Associação da Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA).

No âmbito de uma decisão do Conselho de Ministros publicada no dia 21 de agosto, o Governo autorizou a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) a realizar uma empreitada no valor de 6,9 milhões de euros para dragagem e manutenção dos portos do Algarve para o período de 2023/2026.

Para os associações náuticas e de pesca da Ria de Aveiro, “a dramática situação de assoreamento em que se encontram os portos e ancoradouros” da laguna usados tanto pela pesca profissional como epla náutica de recreio “só pode ser ultrapassada com a adoção de uma medida equivalente pelo Conselho de Ministros para a região”.

Por isso, decidiram subscrever “um pedido nesse sentido, que será transmitido nos próximos dias” ao gabinete do Primeiro-Ministro, com cópia aos autarcas dos municípios da Ria, à Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

Os 13 promotores do alerta lamentam, uma vez mais, que a recente obra de desassoreamento da Ria de Aveiro, cuja empreitada, tutelada pela Polis Litoral Ria de Aveiro, ultrapassou os 23 milhões de euros, tenha excluído a dragagem de portos de abrigo e ancoradouros da pesca e da náutica de recreio, carecendo, “por consequência, de um complemento que resolva um problema cuja solução há décadas vem sendo adiada.”

“Tal como em relação ao Algarve, a Ria de Aveiro é um território com fortíssimo impacto na economia regional e um elemento chave na promoção turística do Centro de Portugal, sendo a pesca e a náutica de recreio dois dos principais setores promotores de riqueza e bem-estar nos concelhos ribeirinhos, deles dependendo centenas de famílias que, direta ou indiretamente, se relacionam com aquelas atividades”, lembram as associações.

Artigo relacionado

Dragas vão continuar trabalhos de desassoreamento da Ria de Aveiro em 19 cais

Publicidade, serviços e donativos

» Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o NotíciasdeAveiro.pt de acesso online gratuito;

» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais, assim como requisitar outros serviços.

Consultar informação para transferência bancária e aceder a plataforma online para incluir publicidade online.