Alegada traição levou homem a reagir com atos de violência doméstica, ameaças e fogo posto

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Tribunal de Aveiro.
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Um homem de 28 anos, operador de máquinas industriais, confessou parcialmente no Tribunal de Aveiro, esta terça-feira de manhã, atos de violência doméstica e ameaças ocorridos em 2021 e 2022 de que foram vítimas a ex-companheira e o homem com quem a mulher, entretanto, iniciou um relacionamento que se mantém.

O arguido residente no concelho da Mealhada, foi detido pela GNR após incendiar a viatura do homem com quem a antiga namorada vive, tendo ficado proibido de contactar e aproximar dos ofendidos. Apesar disso, manteve mais algum tempo o comportamento intimidatório para com o casal.

“Alguns factos” da acusação “são verdade”, assumiu o indivíduo no início do julgamento, admitindo que agiu por ciúmes, uma vez que não aceitou bem a separação da mulher, quando esta tomou a iniciativa de por fim à relação de sete anos . “Do que fiz estou arrependido, na altura não estava bem”, disse em resposta à juíza presidente, esclarecendo que “desconfiava” que era traído muito antes da relação ter terminado.

Após atear fogo à viatura do ofendido, em fins de 2020, com recurso a gasolina, os militares da GNR detiveram o arguido em casa, onde foi encontrado em estado de sonolência e com ferimentos na face (queimaduras). “Ingeri bastante medicação, tudo o que tinha em casa, eram medicamentos psiquiátricos que tomava, queria suicidar-me”, afirmou. Atualmente, segue um tratamento médico regular, sentindo-se “melhor”.

O homem, que chegou a ser internado, responde por crimes de violência doméstica, ameaças, perseguição e incêndio.

Os factos dizem respeito a episódios de maus tratos de que foi vítima a ex-companheira, nomeadamente quando o homem pretendia aceder ao telemóvel da mesma, assim como ameaças, incluindo de morte, visando tanto a mulher como o ofendido, tendo chegado a perseguir, ambos, em ocasiões distintas. No caso do fogo posto, o veículo no valor de sete mil ficou parcialmente destruído.

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