Catarina Barreto, recandidata ao terceiro mandato a Aradas, será, por estes dias, a maior de ‘dor de cabeça’ da maioria PSD-CDS-PPM nas Juntas de Freguesia, com o episódio mais recente de um desgastante rol de polémicas, queixas e processos judiciais (cruzados) que duram desde 2019.
Além da ‘marcação cerrada’ da oposição na Assembleia de Freguesia (movimentos independentes e PS), a autarca teve de enfrentar divergências internas que levaram à demissão do seu tesoureiro, Rui Diogo, em 2019.
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Em 2021, a Junta de Freguesia chegou a estar sem verbas da delegação de competências da Câmara, devido ao repetido ‘chumbo’ do plano e orçamento, também com votos contra de elementos da maioria, obrigando Ribau Esteves, presidente da Câmara, a intervir.
Dois anos depois das primeiras ‘investidas’ da oposição e problemas internos, a autarca até conseguiu a reeleição com mais votos, mantendo 7 eleitos, contra 3 do movimento ‘Sentir Aradas’ e outros 3 do PS’.
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Catarina Barreto chegou a ‘responder’ num processo crime por outras denúncias, incluindo prevaricação, entretanto arquivado. Queixas na Comissão Nacional de Eleições (CNE) ainda decorrentes de 2021 tiveram o mesmo seguimento.
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O movimento ‘Sentir Aradas’ teve de recorrer às instâncias judiciais para obter documentos que não lhe estariam a ser facultados pela Junta desde maio deste ano, incluindo cotizações para a ADSE (+ info), que vinham já a ser questionadas em cartas anónimas.
Uma ‘visita’ da Inspeção Geral das Finanças na sequência de queixas de funcionárias voltou a apontar os ‘holofotes’ para as práticas da maioria em Aradas.
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Agora ressurge o ‘caso ADSE’, há muito em ‘lume brando’, motivado pelo benefício indevido de verbas e a exigência de devolução. Mais um ‘caso’ em véspera de ato eleitoral que a oposição aproveita.
Catarina Barreto afirmou-se como apoiante desde a primeira hora da candidatura de Luís Souto à Câmara de Aveiro, que tem retribuído, mantendo a confiança na autarca e também na sua recandidatura, mesmo depois de equacionado internamente outro ‘futuro’ político.
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Discurso direto
“Não praticou qualquer ilegalidade? Praticou, sim. Prestou falsas declarações. Devolveu a ADSE o dinheiro referente ao valor das comparticipaçoes que não lhe deveriam ter sido pagas? Não é a oposição que denigre a imagem da presidente da junta de freguesia de Aradas. São os seus comportamentos. Validados pelo candidato da coligação Aliança com Aveiro a Câmara Municipal. Para ele está tudo bem” – Paula Urbano, presidente do PS concelhio de Aveiro.
“Ficamos todos a saber que a Aliança e o seu cabeça de lista à Câmara Municipal de Aveiro levam nas suas listas alguém capaz de agir desta forma despudorada, ilegal e inaceitável, alguém que o TAF condenou a ser transparente, alguém que, para sacudir a água do seu capote, não hesita em atribuir culpas pela sua acção dolosa aos funcionários da JF de Aradas e à ADSE, quando, na sua qualidade de jurista ou advogada, era sua obrigação saber o que diz desconhecer: um autarca eleito não pode descontar como funcionário da autarquia para a qual foi eleito” – Diogo Machado, Chega.
“Estranha-se também que procure agora atribuir responsabilidades aos serviços da Junta, quando é, afinal, responsável política por tudo o que ali acontece” – João Moniz, Bloco de Esquerda.
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