
Diogo Machado acredita que a sua candidatura poderá fazer história na Câmara de Aveiro. Depois do envolvimento ativo no CDS, onde foi deputado municipal e dirigente, ajudando sucessivas reeleições, e também ao lado de Élio Maia, que cumpriu dois mandatos na presidência numa coligação PSD-CDS, assume-se agora como a alternativa a “mais do mesmo, dos mesmos de sempre”.
Artigo relacionado
Mesmo nos anos em que esteve ausente de Aveiro, o cabeça de lista diz que seguiu a gestão do município com “alguma amargura”. Com o Chega ‘de corpo e alma’, o candidato esforça-se por “normalizar” o discurso oficial do partido, admitindo que não está a favor de tudo. Mas também não censura o radicalismo que quase sempre ecoa nas intervenções do líder André Ventura em temas relacionados com a imigração, segurança ou justiça, por exemplo, replicadas pelos seus mais diretos seguidores, enquadrando-as no âmbito do debate político, que até poderia ser feito em Aveiro, por considerar um espelho dos grandes problemas do país.
Discurso direto
[Enfrenta surpresa por integrar o Chega] “Já não, até tenho pessoas que se ofereceram para estar comigo nas listas. Dizem-me que o CDS se anulou, é uma muleta e só não morre por estar naquela coligação”;
“O André Ventura é um dos grandes vultos políticos do século XXI. Sem entrar na polémica dos discursos mais inflamados, mais populistas, que têm lugar na mesa de debate, dependendo das circunstâncias, defende bandeiras normais, da direita até à esquerda, algumas”;
“Começo a ficar cansado da ladainha que escrevem para Luís Souto ler, que é o que está em melhor condições para conseguir ganhos de causa para a Câmara, porque o governo é da mesma cor. O hospital nem sequer previsto nos investimentos está. Num ano e tal nem ele, nem o presidente da Câmara conseguiram terminar com as portagens, tamanho é o peso político”;
[Entendimentos na vereação, caso a Câmara não tenha maioria absoluta] “Do resultado que sair das eleições, a única coisa – já está aqui uma pequena mudança – que equacionamos negociar é a implementação de medidas e compromissos que estão no programa e que consideramos vitais, por exemplo habitação, ação social, apoio aos bombeiros com revisão dos protocolos. Neste caso, implica quase sempre quadriplicar o valor de cada corporação”;
[Trabalhou no recinto de feiras quando Alberto Souto quanto este era presidente] Em termos políticos não quero comparar Alberto Souto com Luís Souto, este vejo apenas como sucessor de Ribau, nada de inovação. É muito menos difícil negociar com Alberto Souto a aplicação de alguns dos nossos compromissos. Nós estamos abertos a conversar. As nossas propostas são benéficas. Se tudo acabar empatado, quero ver se são os dois irmãos que se vão entender”.
“O Museu da Arte Cerâmica parar, a transferência da Escola Homem Cristo parar, o pavilhão-oficina parar”;
“Construir [habitação] com investimento próprio, eu descarto. Se houver fundos europeus disponíveis e o PRR estiver habilitado então aí”;
[Aprovação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso] “O dr. Luís Souto desafiou-me a fazer queixa no Ministério Público, vamos fazer. Mas não é preciso, a família Bóia ja fez”;
“Não concorremos a algumas freguesias por causa de ameaças diretas aos negócios das pessoas”;
Entrevista partilhada pelo Youtube e Facebook. Apoio à produção da Fundação Eng. António Pascoal www.fapascoal.pt
Siga o canal NotíciasdeAveiro.pt no WhatsApp.
Publicidade e donativos
Está a ler um artigo sem acesso pago. Pode ajudar o jornal online NotíciasdeAveiro.pt. Siga o link para fazer um donativo. Pode, também, usar transferência bancária, bem como ativar rapidamente campanhas promocionais (mais informações aqui).