Rosário Carvalho desmentiu, esta manhã, uma nota de imprensa da ‘Aliança Mais Aveiro’ segundo a qual aceitara integrar o “grupo de trabalho” da coligação PSD-CDS-PPM, substituindo Jorge Ratola, que é agora candidato à Câmara de Espinho.
A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro invoca, justamente, o cargo que desempenha para não assumir qualquer outra atividade na esfera pública, muito menos envolvimento direto em candidaturas autárquicas.
Incomodada com “a exposição pública” do caso, a antiga vereadora diz que “houve um mal entendido de Luís Souto” na sequência de um encontro mantido entre ambos.
“Para mim, é incompatível ser provedora e apoiar publicamente uma candidatura. Tivemos uma reunião, o que é normal, disse que podia dar contributos que entendessem ser úteis, agora substituir o Jorge Ratola nunca. O candidato percebeu mal”, referiu a antiga vereadora de Ribau Esteves que aguardava, esta manhã, um esclarecimento público que pediu na tarde de ontem junto do candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’, depois da notícia que iria tomar parte no ‘núcleo duro’ da campanha.
Não seria inédito um provedor da Santa Casa integrar candidaturas autárquicas. Lacerda Pais, antecessor de Rosário Carvalho, foi sempre o mandatário de Ribau Esteves. A atual provedora diz que “são decisões pessoais” e no seu caso até deixou outras funções, nomeadamente associativas quando tomou posse à frente da instituição.
Em temos autárquicos, considera que “o exercício do cargo na Santa Casa pressupõe trabalhar com qualquer candidato a tornar-se presidente da Câmara”, colocando-se, por isso, “à margem de qualquer partido”.
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