Horse Aveiro.

O “referendo” a um “projeto de banco de horas grupal” foi chumbado pelos trabalhadores na Horse Aveiro (Ex-Renault Cacia), informa nota de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte (SITE Centro -Norte).

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Em causa, a introdução desta modalidade de gestão de tempo de trabalho, onde as horas extras ou em falta de um grupo de trabalhadores são compensadas de forma coletiva, e não individualmente, como no banco de horas tradicional.

“Mesmo após o descontentamento geral dos trabalhadores da Horse Aveiro, manifestado nos plenários realizados nos dias 15 e 17 de Maio, a administração da empresa decidiu avançar para o referendo” nos dias 23 e 24 de Maio.

Segundo o SITE, o resultado “foi o reflexo da posição dos trabalhadores nos plenários: Um firme ‘não’ a esta tentativa de imposição de uma maior ‘flexibilização’ das suas vidas”.

A medida, no entendimento sindical, “só serve os interesses da empresa e para desregular a vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores”.

A fábrica tem gerado ao longo dos “fantásticos lucros”, sendo “reconhecida e distinguida tanto a nível do grupo Renault, como a nível social e laboral, por boas práticas na igualdade salarial entre mulheres e homens”, lê-se na nota de imprensa.

As práticas de gestão nos tempos mais recentes já não estarão a corresponder às expetativas laborais com “um resultado que já não é positivo no que toca à satisfação dos seus trabalhadores, como concluiu uma consulta realizada por inquérito interno.”

Em 2019, recorda o SITE Centro – Norte, os trabalhadores da fábrica do Grupo Renault realizaram três dias de greve “motivados pela falta de resposta às suas legítimas reivindicações, contra a pressão exercida sobre eles, contra os ritmos de trabalho elevados e contra o clima social tóxico fomentado pela administração que exercia funções à altura”.

“Os trabalhadores da Horse Aveiro, com unidade e força na luta, acabaram de mostrar à administração a sua firmeza na defesa dos seus direitos e que não aceitam regressar aos métodos de 2019”, finaliza o comunicado sindical.

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