Misericórdias Portuguesas: “Um prémio para continuarmos a trabalhar”

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UMP.

As Misericórdias e a sua União viram reconhecido pelo Parlamento Europeu o trabalho que, desde 1976, têm desenvolvido em conjunto. A distinção foi-nos entregue num momento especialmente crítico, no âmbito de uma pandemia que nos trouxe desafios até então inimagináveis, e coloca-nos ainda mais e maiores responsabilidades no que respeita à nossa atuação enquanto entidades de economia social.

Por Manuel Lemos *

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) recebeu, no dia 9 de novembro, o prémio do Cidadão Europeu, atribuído pelo Parlamento Europeu para reconhecer o trabalho desenvolvido pelas Misericórdias e o apoio prestado à comunidade
nas áreas de apoio social e cuidados de saúde, para assegurar respostas adequadas e abrangentes a toda a população, especialmente a mais vulnerável.

O galardão é atribuído anualmente para reconhecer iniciativas que contribuam para uma maior integração dos cidadãos europeus, melhor cooperação e reforço do espírito europeu e dos valores consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

Por isso, este prémio alavanca a nossa presença na sociedade, impelindo-nos a continuar a trabalhar para a construção de uma sociedade melhor, com maior coesão social e territorial.

Ver a casa comum dos europeus a aplaudir as Misericórdias e a sua União foi seguramente um dos maiores momentos da minha vida. É justíssimo que, a este propósito, o presidente do Secretariado Nacional (SN) da UMP enderece palavras de agradecimento e reconhecimento a todos aqueles que diariamente se dedicam às obras de misericórdia, sejam trabalhadores, voluntários ou dirigentes.

Enquanto presidente do SN asseguro também que esta União vai continuar empenhada em encontrar as respostas mais adequadas para os problemas com que as Santas Casas são confrontadas. Em sede do diálogo com o Estado, das parcerias com outras entidades de economia social e do acompanhamento dos atuais quadros comunitários, vamos encetar esforços para que as Misericórdias possam continuar a servir as comunidades de onde emanaram, sem que para isso tenham de colocar em causa (ainda mais) a sua sustentabilidade.

Este é o trabalho que temos vindo a desenvolver, sempre de acordo com as exigências de cada tempo. O foco da nossa missão é apoiar, congregar e representar as Misericórdias que, mais do que nunca e especialmente pela dura batalha que travaram contra a Covid-19, merecem ser efetivamente consideradas como atores decisivos para as políticas sociais em Portugal. O prémio que nos foi atribuído pelo Parlamento Europeu contribui para este desiderato.

* Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas. Artigo publicado no jornal Voz das Misericórdias.

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