Porque falham as Nações: Qualidade das instituições, políticas, económicas e sociais

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Numa obra que ainda continua atual, os senhores Acemoglu e Robinson debruçaram-se sobre o que está na base da riqueza de uns países e da falta de prosperidade de outros. Uma das principais explicações apresentada reside na qualidade das instituições, políticas, económicas, sociais, que as pessoas conseguiram, ou não, criar.

Por Nuno Reis *

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A cumprir-se meio século da instauração do regime democrático, muitas serão as análises que poderão ser feitas sobre o que é o Portugal de 2024 e o que era o de há 50 anos.

Uma questão se pode levantar: o que seria o país de hoje sem o trabalho abnegado de um conjunto ainda impreciso, e até por vezes não reconhecido, de cidadãos voluntários, além de 45 mil valorosos profissionais que, numa rede capilar em todo o Portugal, servem mais de 165 mil pessoas, nas mais diversas necessidades básicas e com um apoio social sem paralelo.

Não deixa de ser desconcertante, para quem conhece de perto o trabalho de organizações como as Misericórdias, num país que não tem recursos naturais como outros têm, mas com as vantagens competitivas de ter concretizado a integração europeia e dispor de instituições que se conseguem organizar, unir vontades, congregar esforços, que Portugal não aproveite de uma forma mais efetiva a capacidade de ação e o potencial de execução das organizações de proximidade e sem fins lucrativos.

Contra ventos e marés, atravessando contextos de instabilidade social e incerteza política, os exemplos de superação e adaptação vão sendo dados e importa dar-lhes Voz. O trabalho em torno das demências promovido pela Misericórdia de Riba d’Ave e que suscita o interesse da comunidade científica internacional; as obras em Lamego, Faro, Vila do Conde, Murtosa, Boliqueime, Chamusca; as inúmeras iniciativas de âmbito cultural, educativo, religioso, social, promovidas ao longo deste último mês, em todo o país; bem como as vitórias inspiradoras da Ana Sofia, dariam excelentes amostras para um caso de estudo.

Para um país se transcender é crucial a capacitação e abnegação das pessoas e a aposta nas instituições. Uma coisa é certa: se não falhamos coletivamente muito se deve a ambas.

* Diretor do jornal Voz das Misericórdias, editorial da edição de Abril.

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