Quando falamos do futuro do trabalho, é fácil pensar que a Inteligência Artificial vai assumir o controlo, substituindo tarefas e automatizando processos por completo. No entanto, a realidade é muito mais complexa e, essencialmente humana, uma vez que o verdadeiro valor de uma organização reside no seu capital humano.
Por Teresa Lopes Gândara *
O setor das Tecnologias de Informação é, há muito, uma das áreas mais dinâmicas e promissoras do mercado de trabalho, crescendo continuamente em número de cursos, profissionais e oportunidades. À medida que o mundo se torna cada vez mais digital, global e competitivo, é fácil esquecermo-nos de que a inovação depende, acima de tudo, do factor humano, e que só atinge o seu pleno potencial quando está ao serviço das pessoas.
Podemos dispor de sistemas capazes de processar milhões de dados em tempo real, mas continuamos a precisar de curiosidade para fazer as perguntas certas, de empatia para compreender o impacto das respostas e de visão para decidir como agir com essa informação. As máquinas podem imitar comportamentos, mas não experienciam valores, e é precisamente aí que encontramos a vantagem insubstituível do ser humano.
Por detrás de cada tecnologia disruptiva estão equipas talentosas, colaborativas e motivadas — é esse capital humano que assegura a sustentabilidade do crescimento. Na Noesis, reconhecemos que os desafios atuais na captação e retenção de talento, sobretudo em perfis altamente qualificados, exigem mais do que soluções pontuais: exigem uma estratégia genuinamente centrada nas pessoas.
A nossa cultura assenta em três pilares que consideramos essenciais para o futuro do trabalho: uma cultura autêntica, confiança mútua e flexibilidade genuína.
Cultura como base estratégica
A cultura organizacional é uma vantagem competitiva que vai além de valores escritos: é o ambiente vivido diariamente, onde o bem-estar, a diversidade e o desenvolvimento são prioridades reais. Criar ligação com os colaboradores exige uma comunicação transparente, valorização dos contributos e espaço para crescer com autenticidade.
Confiança como elemento diferenciador
Compreendemos que a confiança conquistada, e não imposta, é a base essencial para construir relações sólidas de legitimidade com os clientes e de credibilidade com os nossos parceiros. Num ambiente de respeito e colaboração, a confiança estimula a criatividade e potencia o sucesso organizacional, fazendo com que todos se sintam ouvidos e valorizados.
Flexibilidade como compromisso com as pessoas
Na Noesis, o modelo de trabalho híbrido não se limita a acompanhar tendências, mas reflete o compromisso de colocar as pessoas em primeiro lugar. Adaptado às necessidades individuais e alinhado com as necessidades do negócio, este modelo prioriza o bem-estar dos colaboradores, oferecendo a flexibilidade necessária para conciliar vida profissional e pessoal e criando uma experiência de trabalho que valoriza verdadeiramente cada pessoa.
O nosso objetivo não é apenas atrair talento, mas integrar, desenvolver e valorizar as pessoas ao longo de todo o seu percurso connosco. O trabalho mudou porque as pessoas mudaram, e as empresas que não acompanharem esta transformação arriscam-se a tornar-se irrelevantes.
* Human Capital Senior Director, Noesis. Artigo publicado originalmente em Líder Magazine.
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