
Quatro anos depois, Paulo Alves repete a candidatura à Câmara de Aveiro pelo movimento independente ‘Amar Aveiro’, que conta com o apoio logístico do partido Nós Cidadãos. Um programa que arrisca defender o alargamento do âmbito da gestão municipal para novas áreas de ação fora dos temas da política local (na área energética, apoio a idosos em troca de alojamento para jovens estudantes e atenção à diáspora de Aveiro, nomeando os seus ‘embaixadores’).
A lista tem contributos de “muitos independentes” que fizeram chegar as suas propostas, “pessoas que gostam de exercer a sua cidadania”, e que lhe confiam a sua representação “porque não querem dar a cara”, até por receio de “represálias”, refere o gestor da área da saúde, de 56 anos, que está radicado em Aveiro há alguns anos.
Discurso direto
“Passaram-se quatro anos, a cidade tem um toque de beleza, algumas infraestruturas levadas a efeito, mas julgámos que há muita coisa a fazer, daí levarmos a continuidade a este projeto, exercer a nossa cidadania e vir a jogo mostrar as nossas propostas”;
“A oposição encontra-se muitas vezes capturada pelo ‘bloco central’ formado pelo PSD e PS. Pior do que isso, a Câmara criou um regulamento em que inibe os funcionários municipais que possa vir a público discutir certos processos, salvaguardando a confidencialidade, para que nada se possa saber”;
“O Plano de Pormenor Cais do Paraíso não terá nada de ilegal, muitas das vezes verifica-se que há fatos à medida, verifica-se que não há terrenos para cedências, taxas de 30 euros por metro quadrado, em todo o município, quando na cidade é muito valorizado, falta de estacionamento… A população tem pouca intervenção porque não tem informação. Gostava mais de ver aquele hotel em São Jacinto, para competir com Tróia. Na cidade é quase como trazer uma grande superfície e dar cabo das mercearias, uma grande unidade hoteleira vir mexer com a sustentabilidade na área do turístico;
“Na habitação perdemos 4 anos, discutimos o que já discutimos há quatro anos. O candidato Luís Souto vir dizer que a Câmara está a promover habitação pública é enganar as pessoas. Não se alinhou governamental, não concorreu aos fundos. Não precisamos de habitação social, mas a custos controlados, com qualidade. Os privados vão continuar a construir, mas não estão a colmatar as necessidades e com os preços acessíveis. A Câmara tem de liderar consórcios com recurso a fundos para construir a preços de custo, é possível mesmo no centro”;
“Na mobilidade temos um défice muito grande. No estacionamento, em torno do centro de congressos vamos perder com edificação de prédios 900 lugares”.
Veja a entrevista completa, abaixo, partilhada no Youtube e Facebook. Apoio à produção da Fundação Eng. António Pascoal (https://fapascoal.pt).
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