
No turismo, onde não vendemos apenas quartos ou voos, mas sim experiências, sensações e memórias, o marketing feel good ganha protagonismo.
Por Sílvia Dias *
Num tempo em que todos precisamos de leveza, as marcas que nos fazem sentir bem ocupam um lugar especial no coração dos consumidores. No turismo, onde não vendemos apenas quartos ou voos, mas sim experiências, sensações e memórias, o marketing feel good ganha protagonismo.
E não se trata apenas de otimismo vazio ou de mensagens floreadas. Trata-se de saber tocar nas emoções certas, criar empatia, fazer sorrir. Porque é esse brilho emocional que transforma uma marca comum numa marca memorável.
Hoje, o consumidor está mais informado, mais exigente e mais seletivo. Entre tantas opções e estímulos, escolhe marcas que o fazem sentir-se bem. E esse “sentir-se bem” pode ser leveza, conforto, esperança, humor ou aquele suspiro silencioso de quem acabou de descobrir o lugar ideal para as próximas férias.
A cultura pop também nos mostra sinais claros desta tendência. A busca por estéticas leves, discursos autênticos e descontraídos, influenciadores que nos falam como amigos e não como vendedores. O sucesso de marcas que não se levam demasiado a sério — mas levam a felicidade do cliente muito a sério — é a confirmação de que este caminho tem futuro.
Marcas como a Airbnb, com a sua comunicação centrada em histórias reais e experiências locais, ou a Selina, que mistura hospitalidade com arte, bem-estar e comunidade, mostram que é possível criar impacto com autenticidade e leveza. Já o TikTok, enquanto plataforma, tem sido palco de campanhas turísticas criativas e altamente virais, impulsionadas por conteúdo espontâneo e emocionalmente apelativo. Também marcas como a Paradero Hotels, no México, apostam numa estética solar, narrativa emocional e experiências sensoriais para comunicar com um público em busca de conexão e significado.
No turismo, isto é particularmente relevante. Porque a jornada do cliente é longa e cheia de emoções: do sonho à pesquisa, da reserva à antecipação, da experiência à partilha. Uma comunicação leve, emocional e bem-humorada pode acompanhar o cliente em todas estas etapas, criando uma ligação verdadeira com a marca.
O segredo? Ser autêntico. Humanizar a comunicação. Mostrar os bastidores. Ter um tom de voz que combina sofisticação com empatia. Apostar em estéticas que nos remetem para momentos felizes. Fazer sorrir. Criar campanhas que deixam boas sensações antes mesmo da viagem começar.
É esse também o caminho trilhado pelo NEXT, da Savoy Signature, cuja comunicação se diferencia pela linguagem descontraída, visual vibrante e tom irreverente. Um hotel que fala diretamente a uma nova geração de viajantes, sem filtros nem formalismos, e que aposta na leveza para criar relações duradouras com os seus hóspedes.
Não há feel good marketing sem pessoas. E é por isso que as equipas têm um papel essencial nesta estratégia. São elas que dão corpo à promessa da marca, que traduzem o que se comunica em experiências reais. Quando há coerência entre o que se diz e o que se vive, a marca ganha brilho próprio.
Mais do que uma tendência, o marketing feel good é uma resposta ao cansaço coletivo. É um convite à leveza sem ser superficial, à emoção sem ser manipuladora. É a arte de fazer com que as marcas sejam lembradas pela boa energia que deixam.
Porque todos precisamos de um pouco mais de sol no feed. E o turismo tem tudo para ser essa fonte luminosa.
* Head of Marketing & Sustainability da Savoy Signature. Artigo publicado originalmente no site Publituris.pt
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