Instalações do hospital de dia do CHBV são “inadequadas e indignas” – CDU

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CHBV.
Comercio 780

As novas instalações do hospital de dia multidisciplinar do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), que voltaram a funcionar no dia 23 de Agosto, “são inadequadas e indignas, pondo em em causa o melhor acompanhamento dos doentes que ali são tratados e dificultando o trabalho dos profissionais de saúde”, denuncia a coordenadora da coligação CDU (PCP- PEV) de Aveiro.

“Essa falta de condições é ainda mais grave porque a maioria dos doentes que recorrem ao hospital de dia são doentes oncológicos ou hemato-oncológicos, particularmente fragilizados, que sofrem de doenças como o cancro do cólon, do estômago ou de leucemia, e fazem aí os seus tratamentos de quimioterapia, e que deviam ser recebidos pelo CHBV com um cuidado redobrado”, acrescenta o comunicado hoje divulgado.

A CDU lembra que o hospital de dia do CHBV “sempre lutou com diversos problemas mas a decisão, alegadamente temporária, da actual administração deslocar as suas instalações para um conjunto de contentores metálicos montados no parque de estacionamento do hospital, e de aí também colocar os gabinetes de consulta externa dos serviços de oncologia e hematologia representa sem dúvida um ponto muito baixo da sua história.”

Entre as “falhas graves”, a coligação PCP – PEV diz que “é evidente a ausência de uma sala de espera de dimensões e condições adequadas à fragilidade e ao número dos doentes, que leva a que muitos aguardem a sua consulta ou ciclo de quimioterapia em pleno parque de estacionamento”.

O comunicado aponta, também, a “falta de separação física entre os espaços de consulta e tratamento, que faz com que os doentes recebam os seus medicamentos endovenosos e transfusões à vista das muitas pessoas que naturalmente circulam pelos gabinetes” e a falta de isolamento sonoro desses gabinetes, “que permite que todos ouçam as conversas delicadas e privadas que aí acontecem”, assim como a existência de “pequenas dimensões de todas as instalações sujeitando doentes, médicos, enfermeiros, e outros profissionais a constantes barreiras e obstáculos.”

A CDU lembra que o hospital de dia esteve a operar no Hospital de Águeda “para supostamente isolar os doentes oncológicos do risco Covid, mas que confrontou doentes e profissionais com deslocações difíceis, más instalações, dificuldades logísticas, e diversas situações com risco Covid elevado, como por exemplo o transporte de ambulância mais frequente.”

Para a coligação, o problema deve-se a “um quadro geral de subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde e de desinvestimento nas suas instalações.”

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