ESPERANÇA… a força que nos move

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Imagem do Facebook do projeto 'Estima +'.

Há já vários anos que a Psicologia Positiva estuda a ESPERANÇA por saber a importância que tem para o bem-estar psicológico das pessoas e o contributo que pode ter para a sua felicidade.

Por Sónia Gaudêncio *

Snyder, psicólogo e um grande investigador nesta área, chegou mesmo a formular uma Teoria da Esperança onde afirma que ter esperança é ter a capacidade para definir objetivos, encontrar forma de os alcançar e motivar-se para tal. Portanto, temos aqui uma “esperança” não de quem “espera” que algo aconteça, que algo venha, sem nada fazer, mas, pelo contrário, uma “esperança” como um estado cognitivo no qual a pessoa consegue estabelecer objetivos realistas, cria expectativas e traça os seus caminhos para os alcançar através da autodeterminação.

Falamos da ESPERANÇA que, apesar das adversidades, nos faz acreditar que é possível, que somos capazes, “Yes, we can!”, mas que não nos paralisa à espera, leva-nos a agir.

Falamos da ESPERANÇA que abarca dois componentes: willpower, ou se quisermos a “força de vontade”, a motivação, a crença de que somos capazes de atingir determinados objetivos; e waypower, ou os planos, os caminhos alternativos que traçamos para atingir esses mesmos objetivos e ultrapassar obstáculos, superar desafios que surjam pelo caminho.

Quando pesquisas recentes nos revelam que quem tem maior nível de esperança obtém melhor desempenho académico, independentemente do QI; melhor desempenho a nível desportivo; possui pensamento divergente (que ajuda no estabelecimento de formas alternativas de atingir os objetivos) e elevado nível de consciência, isso significa que temos que promover a ESPERANÇA. Já para não falar no impacto positivo da esperança na saúde física e emocional, na gestão de expectativas e na autoestima.

Sabemos também que aprender a ter esperança pode ajudar a desenvolver emoções positivas e potenciar o controlo percebido.

Mas é possível fazê-lo? Sim. Tudo passa pela componente cognitiva, pelas nossas crenças ou por uma mudança nessas crenças e na forma de pensar e encarar a vida e os problemas. E a reestruturação cognitiva é sempre possível, mesmo que com ajuda profissional.

E esta é a boa notícia: podemos olhar para a esperança como um estado emocional positivo que pode (e deve) ser cultivado por cada um de nós, diariamente, em cada situação que vamos vivenciando.

Isso ajuda-nos a não deprimir, a não desesperar, a continuar a ter um propósito de vida, a colocar-nos à prova acreditando que vamos sair vencedores, que por muitas dificuldades que surjam vamos ser capazes de nos focar nas soluções, de encontrar alternativas para chegar ao resultado pretendido.

A Esperança pode ser “apenas” a força que nos move e que nos faz persistir, não desistir e acreditar que vamos ser capazes, que vamos conseguir superar as dificuldades… sejam elas quais forem.

E não é dessa “força” que precisamos muitas vezes?

Nos dias que correm, que seja realmente a ESPERANÇA a força que nos move!!!

* Psicóloga Clínica e Directora da ESTIMA +. Artigo publicado originalmente no site Healthnews.pt.

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