Aveiro / Rua João Mendonça: Circulação viária vai afastar peões dos ‘mecos’ que causam quedas

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Rua João Mendonça, Aveiro (Foto divulgada no Facebook de Paulo Pinheiro).
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Não está previsto qualquer intervenção para melhorar a segurança dos transeuntes na rua João Mendonça / Rossio, atualmente em renovação, onde ocorreram quedas, com alguma frequência, devido a ‘mecos’ de pedra colocados junto ao passeio. Confrontado na Assembleia Municipal, esta sexta-feira, o presidente da Câmara mostrou-se convicto que a abertura ao trânsito permitirá familiarizar os peões com aqueles obstáculos e demonstrar a sua função.

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O assunto foi levantado no período relativo aos últimos dois meses de gestão camarário por deputados de todas as bancadas da oposição na sessão, que teve lugar na freguesia de Cacia. Os ‘mecos’, que têm como função impedir o estacionamento abusivo nos passeios, foram ‘semeados’ ao longo da Rua João Mendonça no âmbito da renovação viária em curso, que faz parte do projeto de requalificação da zona do Rossio. Desde a colocação dos blocos, que surgiram durante o verão do lado do Rossio, sucederam-se os acidentes de transeuntes mais distraídos, alguns sem conseguirem evitar as quedas aparatosas, provocando ferimentos.

O primeiro reparo foi feito por Silvia Ribau, do PPM, questionando se a Cámara já teria encontrado “solução para as separatórias” e evitar novos acidentes com peões.

António Nabais, do PCP, alertou para as consequências dos “pontapés nos blocos” que causam “quedas e nódoas negras” aos mais incautos, normalmente turistas que “andam a olhar para o alto das fachadas” e tropeçam nos obstáculos “perigosos”.

“Esteticamente é bonito, mas não estão a funcionar”, lamentou, também, Gabriel Bernardo

Para João Moniz, do Bloco de Esquerda, revela o que tem sido “a atitude” da Câmara perante o espaço público: “Quanto mais agressivo para os peões melhor”, criticando, também, a “displicência com os acidentados”.

Ana Seiça Neves, do PS, até questionou se o presidente da Câmara reagiu aos acidentes ocorridos “dizendo que as pessoas devem andar “acordadinhas e não a dormir”.

Na resposta, o presidente da Câmara lembrou que “a obra” em curso na zona “não está terminada”, devendo prolongar-se até ao final do ano. “Nós é que entendemos ir disponibilizando as zonas que, embora estando em obras são utilizáveis, sempre dizendo ‘atenção’, e está bem sinalizada”. “Estamos muito satisfeitos, especialmente porque sabemos como a obra vai acabar. Deixem-na acabar. Há um elemento que falta, que é a circulação automóvel”, observou.

Por isso, nesta altura, “os peões andam livremente, passamos nos triângulos de um lado para o outro, como se o espaço fosse todo nosso”. Mas “quando abrirmos às viaturas, isso vai ajudar a perceber que, quando sou peão, há um espaço que não é meu. Vou atravessar de vez vez em quando, mas vou olhar para ele de forma diferente, porque é corredor rodoviário”, explicou o edil.

“Não queremos que caia ninguém, mesmo que vá distraído ou a dormir ligeiramente”, acrescentou Ribau Esteves, lembrando que a zona já foi calcorreada por “centenas de milhar de pessoas” durante os últimos meses, relativizando, por isso, a percentagem dos que caíram, sem desvalorizar esses casos. “Não foram 100, nem 400”.

Antes já tinha lembrado o que sucedia na artéria principal da cidade antes da requalificação. “Já se esqueceram das pessoas que caiam todos os dias na Avenida Lourenço Peixinho, que escorregavam na calçada ultrapassada há muito tempo ?”.

Discurso direto

“A oposição unida, sempre vencida pela ‘Aliança com Aveiro’, está a cultivar o desastre do triângulo” – Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro (ouvir abaixo).

Vídeo completo da Assembleia Municipal de Aveiro.

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