Aveiro merece “mais soberania e mais capacidade de autodeterminação” – Capão Filipe

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Miguel Capão Filipe (Folha do CDS).
Comercio 780

“A região [de Aveiro] deveria ter mais soberania e mais capacidade de autodeterminação em múltiplos setores. As cidades região que queiram trabalhar, que as deixem trabalhar e não as apertem em ciclos viciosos da administração central”.

Apelo de Miguel Capão Filipe reproduzido nas ‘Conversas do Caldas’, uma rubrica da ‘Folha do CDS’, o orgão oficial do partido liderado por Assunção Cristas.

O atual vereador na maioria PSD-CDS-PPM na Câmara de Aveiro, candidato à presidência em 2001, mostrou-se adepto da descentralização, não se opondo mesmo à regionalização. “As cidades região que queiram trabalhar, que as deixem trabalhar e não as apertem em ciclos viciosos da administração central”, insistiu.

O antigo presidente da Assembleia Municipal, que também passou como deputado na Assembleia da República (VIII Legislatura, 1999-2002), deu um exemplo ligado à sua área profissional, a saúde, relacionado com o hospital de Aveiro, onde desempenhou funções como diretor clínico. “O centro hospitalar de Aveiro poderia e deveria justificar-se como um hospital polivalente, médico-cirúrgico diferenciado e só não o é pois temos uma região a sul e uma administração de verbas a partir do Ministério da Saúde que as esgota de forma casuística, chegando a Aveiro de forma já diminuída”, lamentou.

Capão Filipe também disse não perceber que a estrada Aveiro-Águeda “não esteja realizada em via rápida” ou que não seja dada a “importância que deveria ter” à ligação ferroviária Aveiro-Salamanca em detrimento de outras.

O período como deputado da Nação “foi uma experiência” que “tocou profundamente quer pelo exercício do cargo, quer por termos bebido e comungado com pessoas que estavam no Parlamento, numa altura em que o seu prestígio institucional ainda era grande, digamos assim”, referiu.

Uma vez completado este mandato autárquico em 2021, o vereador do CDS nota que o partido levará quase tanto tempo no exercício do poder local como os vinte anos de Girão Pereira. “O CDS em Aveiro nos 40 anos de poder local democrático é um caso único, só não participou na gestão do município em oito anos, em que esteve no poder o Partido Socialista que deixou a autarquia em pré-falência”, referiu.

Ler entrevista no Folha do CDS – Conversas do Caldas