Aveiro: 400 fogos, hotel e supermercado no canal de São Roque

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Imagem gráfica de projeto imobiliário para o Canal de São Roque, Aveiro.
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Já são conhecidos mais pormenores da urbanização projetada para a zona nascente do canal de São Roque, nos terrenos de construções deixadas por concluir e que foram, entretanto, demolidas.

A empresa promotora do empreendimento batizado como ‘Foz de Prata’ prevê desenvolver numa área global de construção de 50.017,75 m2 prédios com 400 fogos de habitação, 272 lugares de estacionamento público (131 em espaço público), assim como um hotel que ocupará 11.600 m2 e uma média superfície comercial com 1870 m2.

De acordo com o presidente da edilidade, a operação vai pagar em taxas cerca de 440 mil euros, sendo que uma outra parte será assumida em géneros, com obras de urbanização (passeios e espaços verdes, por exemplo), mas também intervenções partilhadas com a Câmara (pedonização, acessos comuns e reperfilamento da Avenida Carlos Candal).

A operação é uma alteração do alvará de loteamento original de 2001, não executado por força da falência da empresa promotora, entretanto recuperada por novos investidores em sede de plano de insolvência aprovado pelos credores em tribunal.

Segundo Ribau Esteves, o investidor quer fazer as obras de urbanização “todas de uma assentada, com um quadro de referência de dois anos”, iniciando o desenvolvimento dos projetos com investimento próprio ou através da venda a terceiros de parcelas.

O executivo camarário aprovou, mesmo a terminar na sua reunião realizada esta quinta-feira, um contrato de urbanização com a sociedade Canal Capital – Sociedade de Construções e Turismo, S.A (promotora do empreendimento) para construção, assim como os projetos de obras de urbanização e a emissão do alvará de loteamento necessário à concretização “de uma nova solução urbanística para os terrenos a poente da Avenida Dr. Carlos Candal e no topo poente da Avenida da Força Aérea.”

No comunicado da reunião do executivo, é dito que o investimento privado “vem terminar com um velho problema de qualificação urbana da Cidade de Aveiro, numa das suas zonas mais nobres, criando uma nova centralidade, com novos espaços comerciais e com o aumento da oferta habitacional e de alojamento hoteleiro, fundamental para o continuado e sustentado crescimento e dinamismo económico do município”.

Discurso direto

“Não parece mau de todo, tem áreas amplas, praças e outras coisas. Falta perceber o enquadramento deste projeto com o prolongamento do canal, perceber a ambiência total da circulação viária, se tudo o que está aqui faz sentido. Não tendo esse plano, é difícil conseguir perceber o que vir em termos de circulação e urbanização paisagística, etc.  A ligação pedonal ao canal faz sentido, é uma ideia positiva numa zona atrativa. Daí advir a necessidade do prolongamento da rua Dr. Francisco Neves e perceber aí a comparticipação do município nessa mais valia, porque vai obrigar a circulação mais restringida e que terá obrigatoriamente de melhorar o acesso às edificações. Na Avenida Carlos Candal parece positivo o reperfilamento. Na rua C, que faz o U, se é praticamente interna desta urbanização, que servirá outro prédio em construção, não teria sido possível dividir aqui um com o outro o investimento, livrando o município de gastos” – Rui Soares Carneiro, vereador do PS (respostas e esclarecimentos adicionais do presidente da Câmara a partir de 4.20.00 da gravação vídeo abaixo).   

Aveiro: Promotor mostra grande empreendimento no Canal São Roque

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