Hospital de Aveiro.

O projeto ‘Mais valor em insuficiência cardíaca’, apresentado por profissionais do Serviço de Medicina Interna da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS RA), é um dos quatro vencedores da quarta edição das ‘Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem.’ atribuídas pela Gilead Sciences em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value.

A equipa liderada pela médica Joana Neves foi contemplada com uma bolsa de 50.000 euros, valor que terá de ser aplicado no desenvolvimento da candidatura.

A insuficiência cardíaca representa “uma das principais causas de hospitalização em Portugal, especialmente numa população envelhecida e com múltiplas comorbilidades”. A abordagem tradicional tem demonstrado, contudo, “pouco impacto nos reinternamentos e custos evitáveis e na qualidade de vida”.

Segundo uma nota da ULS RA, o projeto da equipa médica do hospital de Aveiro prevê um modelo baseado no Value Based Healthcare (VBHC) para “melhorar significativamente os resultados clínicos através da redução de readmissões, melhoria da qualidade de vida, otimização da utilização de recursos (evitando admissões desnecessárias) e aumentando a satisfação do doente”.

  • As ações previstas passam por identificar, previamente à alta, os doentes com episódio de urgência ou internamento por insuficiência aguda como diagnóstico principal que apresentem classificação de “alto” ou “muito alto risco” de acordo com a estratégia da “Estratificação da População pelo Risco”, propondo “a intervenção precoce e estruturada que tem por objetivo final, para além da redução do número de agudizações, reinternamentos e mortalidade, uma melhoria na qualidade de vida do doente e família/cuidador com consequentes ganhos em saúde;”
  • Após a identificação do grupo de doentes, pretende-se criar um continuum de cuidados e uma transição para ambulatório “de forma estruturada com reavaliação precoce após a alta, facilitando ao doente meios de comunicação simplificada e direta com a equipa hospitalar, sempre que sejam identificados sinais precoces de descompensação ou perante questões que surjam sobre a doença ou terapêutica”.

Discurso direto

“Para além de apostar na transição de cuidados e de uma abordagem de proximidade, este projeto engloba um acompanhamento centrado no doente, promovendo a educação e o autocuidado, permitindo a redução do número de deslocações à unidade hospitalar” – Joana Neves, médica internista responsável pela candidatura da ULS RA.

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