Praia da Torreira, Murtosa.

A planeada “operação de mitigação da erosão costeira na praia do Furadouro” será levada a cabo com areia a retirar “ao largo” da praia da Torreira, na Murtosa, esclarece a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Esclarecimento dado pelo organismo desconcentrado do Ministério do Ambiente junto do município murtoseiro, que havia questionado informações transmitidas numa reportagem emitida pela SIC.

Em declarações aquele canal televisivo, o presidente da APA referiu “a existência, em frente à praia da Torreira, de 14 milhões de metros cúbicos de areia que seriam retirados para serem colocados na frente do Furadouro, no âmbito da operação de mitigação da erosão costeira naquela praia” do vizinho concelho de Ovar.

O anúncio nos termos em que foi feito “suscitou um elevado número de reações, por parte dos cidadãos, que, pelas redes sociais e em comunicações dirigidas à Câmara Municipal” murtoseira, que “vieram questionar a natureza da intervenção, interpretando da notícia que seria intenção da APA retirar areia da frente de praia da Torreira para recarga da frente de praia do Furadouro”.

Solicitados esclarecimentos à APA, “pedindo a completa clarificação oficial” sobre as “caraterísticas técnicas da intervenção” referenciada na reportagem, foi confirmado que está planeado “realizar uma operação de mitigação da erosão costeira na praia do Furadouro” com areia a retirar ao largo da praia da Torreira”, mas “através da colocação de sedimentos, que serão extraídos de uma mancha de areia, localizada no mar alto, a 6 quilómetros de distância da praia” e “uma profundidade de 25 a 30 metros, não envolvendo, por isso, qualquer retirada de areia da praia da Torreira”.

A APA garantiu, ainda, que a retirada de sedimentos ‘offshore’ “não terá impactos na faixa costeira e na linha de costa da Torreira”, atendendo a que se encontram a uma profundidade elevada” comparado “com a profundidade a partir da qual se considera que o transporte natural de sedimentos submersos, para a linha de costa, pelas correntes e ondulação, deixa de acontecer”, que é de 10 metros de profundidade. Nestas condições, “podem ser naturalmente movimentados, pela ondulação e pelas correntes, para a linha de costa, alimentando a praia, deixando a deriva natural de acontecer a partir dessa profundidade.”

A finalizar, o município da Murtosa garante, a terminar, que “acompanhará e monitorizará, naturalmente, os procedimentos técnicos a realizar pela APA no âmbito deste projeto.”

Siga o canal NotíciasdeAveiro.pt no WhatsApp.

Publicidade e donativos

Está a ler um artigo sem acesso pago. Pode ajudar o jornal online NotíciasdeAveiro.pt. Siga o link para fazer um donativo. Pode, também, usar transferência bancária, bem como ativar rapidamente campanhas promocionais (mais informações aqui).