Tribunal de Aveiro.

Uma mulher de 30 anos assumiu no Tribunal de Aveiro, esta terça-feira, a autoria de furtos de objetos de valor, nomeadamente peças em ouro, de uma residência em Esmoriz, concelho de Ovar, onde prestou serviços de limpeza, em 2022.

No mesmo processo, está a ser julgado um ourives acusada do crime de receção das peças.

A mulher, atualmente operária corticeira, casada, com três filhos, confessou em grande medida os factos de que está acusada, divergindo na listagem de bens furtados, alegando que não se recorda de ter subtraído alguns dos que surgem referidos.

A peça de maior valor era um relógio de ouro de senhora com diamantes no valor de 20 mil euros, que não consta dos escassos objetos recuperados.

“Acusei-me à patroa logo que ela deu pela falta dos artigos, confessei na polícia e demonstrei arrependimento. Ainda não ressarci do prejuízo, mas estou disposta a pagar o que for preciso”, declarou a arguida sem conseguir dar uma justificação para os furtos.

“Não tinha necessidades económicas especiais, tinha ajuda familiar. Aquilo foi a minha cabeça, como se o instinto me obrigasse a fazer mal”, relatou, lembrando, em seu favor, o “exame” médico que não revelou ter “propensão” para tais atos.

Além do relógio, consta da queixa por furto duas pulseiras em ouro, um fio em ouro com três voltas, um cordão com medalha de ouro antigo, duas alianças em ouro, uma peça em filigrana de Viana, um alfinete de ouro, anel de curso, três libras e, entre outras peças, um terço em ouro.

A mulher diz que recebeu “400 e tal euros” (o relógio terá rendido 200 euros) de cada uma das duas vezes que foi vender peças no estabelecimento de Santa Maria da Feira, onde o arguido apenas terá questionado se eram pertença da arguida. “Disse que eram minhas e pagou”. Depois acrescentaria, que também disse que “eram da avó”.

A mulher confirmou que “algum tempo antes”, sem precisar, se deslocou ao mesmo local vender outras peças, também furtadas, mas que as mesmas foram devolvidas aos donos e a queixa não teve ‘andamento’ na ‘justiça’.

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